Os mais comuns são dispersantes ou redutores de água, incluindo plastificantes e superplastificantes. Há também os modificadores de pega, usados para acelerar ou retardar a velocidade de hidratação do cimento e que alteram o tempo de endurecimento do concreto. Há aditivos incorporadores de ar, que introduzem pequenas bolhas de ar na mistura do concreto. Há outros menos utilizados, como inibidores de corrosão, impermeabilizantes, modificadores reológicos e controladores de retração.
O aditivo superplastificante diminui a quantidade de água necessária para aumentar a fluidez do concreto.
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São incorporados em pequenas quantidades, normalmente dosados em relação à massa de cimento utilizada. Ou seja, quanto mais cimento, mais aditivo é necessário. Mesmo em pequenas quantidades, alteram o comportamento do concreto, mas não são capazes de "salvar" uma mistura mal feita. Apenas ampliam o potencial de utilização de um concreto bem-dosado. Seu controle deve ser rigoroso tanto devido ao custo quanto pelo fato de que pequenos erros na dosagem podem provocar grandes alterações no material. Outro aspecto importante é a garantia da homogeneização do aditivo na mistura para atingir a eficiência desejada. A mistura pode ser feita manualmente, em betoneiras estacionárias ou em centrais de concreto.
Para aumentar a fluidez do concreto é preciso adicionar água, o que causa perda de resistência. O aditivo superplastificante evita esse problema e facilita o espalhamento do material em elementos com muita armadura.
O aditivo incorporador de ar possibilita o uso de equipamentos de projeção na argamassa.
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Basicamente, os aditivos são os mesmos que os do concreto. No entanto, para argamassas, que não são estruturais e, por isso, têm outras demandas de desempenho, são mais comuns os aditivos modificadores reológicos e os incorporadores de ar. O incorporador de ar diminui o nível de tensões geradas por variação térmica do revestimento. Isso significa que, com o aditivo, o revestimento em argamassa se torna mais resistente às variações de temperatura e, mesmo exposto ao sol e à chuva, não solta da parede com facilidade. Outro ganho possível é a economia de material, pois a argamassa ganha volume devido ao ar incorporado. Além disso, a consistência muda e fica mais fácil aplicar a argamassa, inclusive com equipamentos de projeção, que agilizam o trabalho. É claro que aditivo em excesso pode comprometer a aderência, pois muito ar entre o revestimento e a parede facilita o desprendimento.
São os chamados dispersantes de última geração ou superplastificantes de alta eficiência. Eles têm a capacidade de produzir elevado grau de dispersão dos grãos de cimento, o que reduz significativamente a quantidade de água necessária para manter o concreto trabalhável. Assim, a proporção de cimento em relação à água aumenta e eleva a resistência. Isso sem tornar a consistência do concreto muito seca, o que provocaria problemas de adensamento.
Cimento Portland, cal hidratada e areia natural compõem as argamassas tradicionais. Nas argamassas industrializadas, que vêm em saco, aditivos químicos e adições minerais são acrescentados já na fábrica, e a maioria não contém cal.
As mais utilizadas são: argamassas de emboço ou massa única ou reboco para revestimento; argamassa de assentamento de tijolos e blocos de alvenaria; e argamassa de contrapiso. Nas argamassas para contrapiso não se adiciona cal.
Argamassas podem ter diferentes aplicações, e para cada uma delas existe uma dosagem mais indicada.
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Chapisco prepara a base de alvenaria para melhorar a aderência do emboço. |
O chapisco faz parte da preparação da superfície da base (concreto e alvenaria) para receber o emboço. O reboco ou massa fina aplicada sobre o emboço quase não se usa mais. O mais comum hoje em dia é empregar o emboço para fachada e a massa única para o revestimento interno de paredes.
As argamassas de revestimento de paredes precisam interagir bem com os chapiscos para aderirem corretamente às alvenarias e às estruturas de concreto. Este conjunto deve atender minimamente ao que especificam as normas técnicas brasileiras e ao que é prescrito em projeto. A norma pede resistência de aderência mínima de 0,3 MPa, mas um projeto pode especificar algo além disso.
Elas são industrializadas e contêm aditivos químicos, adições e granulometria própria para serem projetadas. Isso varia com o tipo de equipamento de projeção que se utiliza. Mas são argamassas de base cimentícia como as demais.
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