SEQUENCIA DA OBRA PASSO A PASSO

Chapisco e Emboço, Escolha do Terreno, Fundações e Alicerces, Instalações, Instalações Prediais, Laje | Tipos e Custos, Limpeza, Paredes, Preparação do Terreno | Início da Obra, Telhado, 

Escolha do Terreno

   

Antes de comprar um lote para construir, deve-se pensar em sua localização na cidade e vizinhanças, mas também em suas caracteristicas com relação ao solo, inclinação e demais fatores que são importantes na concepção do projeto. O terreno influênciará tanto em termos de custo de construção como também em termos de planejamento da casa com relação à criação de seus espaços.



Fatores importantes na compra do lote

São inúmeros o fatores que devem ser considerados na compra de um terreno, que por sua vez influênciará o projeto. Entre os fatores mais importantes estão a localização e vizinhança, topografia do terreno ou "formato" do mesmo, tipo de solo e orientação quanto ao sol e ventos dominantes.

Ao procurar um lote para adquirir, deve-se pensar no que é importante em termos de requisitos e bem estar de uma família, ou seja, a família que irá morar na futura casa.

Deve-se pensar nas necessidades e modos de vida, no bairro que se quer morar, na facilidade de chegar ao local, serviços que se encontram por perto como escolas, comércio em geral e todo tipo de requisito e necessidade de uma família.

Muitas vezes existe a opção de investir em áreas mais novas da cidade, ainda em desenvolvimento, onde os terrenos podem ser mais baratos e apresentarem a vantagem de uma boa chance de valorização futura, quando a casa estiver pronta juntamente com muitas outras que serão também construídas depois.

Mas deve-se sempre observar as cercanias, tanto o que bairro e local tem de bom, como o que pode ter de não muito interessante ou que voce considere desvantajoso. Não é um bom negócio comprar um terreno muito bom e barato em uma área ruim que tem pouca perspectiva de valorização. Se uma excelente casa for construída em um local não condizente com todo o capricho, dinheiro e bons materiais gastos na construção de nada adiantará em termos de valorização. Em certos casos pode-se até perder dinheiro, se construir uma casa muito boa em local mal posicionado e muito mal servido de serviços ou de péssima vizinhança.

Verificar restrições na prefeitura

É muito importante também, sempre consultar a prefeitura, principalmente se o lote estiver em ruas muito centrais ou movimentadas, acerca das limitações para construção. Verificar se não existe projeto de construção de viadutos, passarelas próximas ou até mesmo risco de desapropriação para abertura de novas vias.

Estas informações podem também ser conseguidas consultando um arquiteto ou engenheiro que conheça muito bem a legislação de uso do solo ou código de obras da cidade. Geralmente quem faz muitos projeto e tem que legaliza-los, tem em mãos todas as informações e podem dar um parecer com muita rapidez.

É importante também que se aconselhe com um profissional, um arquiteto ou engenheiro sobre as condiçoes do solo e topografia (forma) terreno). Um terreno em solo úmido e alagadiço envolve mais gastos com fundações, impermeabilização e etc.

Verficar se as medidas reais correspondem às da escritura

Outra fato importante à ser notado, é levar uma trena ao local e verificar se as medidas correspondem realmente às estipuladas na escritura. Em caso de terrenos muito grandes e de alto valor, pode até ser prudente contratar um topógrafo para verificar estas medidas.

Acontecem casos de demarcações erradas ou de construções vizinhas que invadem a divisa do terreno avançando desde alguns centímetros ou até grandeza de metro, muitas vezes por erro. Tendo certeza das medidas reais, pode-se tomar uma decisão mais concisa e consciente, além do fato de que, todo projeto é feito em cima das medidas reais do terreno, e não das medidas que constam da escritura, que podem diferir ligeiramente, geralmente dento da grandeza de centímetros.

O Projeto é Influênciado pelo Terreno

Deve-se saber que, o terreno tem influência direta na concepção do projeto de arquitetura e demais projetos correlatos, como estrutura e fundações.

Dependo da aparência do terreno, pode ser prudente fazer uma sondagem do solo, levar ou contratar um profissional para ir ao local, para verficar o tipo de fundações ou alicerces necessários. Em caso de necessitar estaqueamento, saber qual deve ser a profundidade dos alicerces para ter uma previsão de custo. Deve-se também evitar terrenos que possuam grandes áreas aterradas, pois estes exigem compactação do solo ou fundações mais complexas, geralmente estacas.

De um modo geral, um terreno plano, apresenta melhores condições para uma construção mais econômica, assim como para uma casa sem escadas. Em contrapartida, terrenos mais acidentados ou em aclive ou declive, que estão em ruas com forte inclinação, ou que sobem ou descem em relação ao meio-fio ou nível da rua, podem necessitar aterros ou cortes de terra.

Geralmente, terrenos em aclive, que ficam mais altos que nivel da rua, deixam a casa mais exposta à ruídos externos, e para que não se tenha uma casa muito alta, pode necessitar de fazer algum desmonte de terra, ou mesmo construção de taludes ou muros de arrumo.

Em contrapartida, de um modo geral, os terrenos em declive podem propiciar uma casa com mais isolamento visual e acústico, mas podem também serem úmidos, se localizados em baixadas. Dependendo do caso, pode-se necessitar construir a casa num plano mais elevado, ou ter que gastar mais com estrutura.

Entretanto não se deve desvalorizar um terreno à primeira vista. Um bom bom profissional, engenheiro ou arquiteto, pode encontrar uma solução para um terreno em aclive ou declive que pode ser justamente o diferencial de uma casa ou de um projeto em relação às demais. Muitas vezes uma casa interessante e aconchegante é construída nos terrenos mais complicados.

Preparação do Terreno | Início da Obra

Sobre os preparativos básicos e inciais para a construção, entre eles a preparação do terreno, dando início à obra, quando é necessária uma limpeza, em alguns casos nivelamento ou cortes de terrar, murar e providênciar água e energia para que a obra siga em adiante.

O Ponto de Partida da Construção

Para iniciar a construção, o terreno deve estar adequado, tanto para instalação de um canteiro de obras como também para se iniciar a execução do projeto da casa, estipulado pelo engenheiro ou arquiteto.

Para tal, ele deverá ser limpo, capinado, ter um muro ou cerca construída ao redor e o local de construção da casa deve ser indicado no terreno com absoluta precisão. Estas são medidas iniciais para que a obra possa começar e caminhar com sucesso.

A preparação do terreno, não diz somente à adequa-lo ao projeto como fazer terraplangem em alguns níveis, ou até desmontes de terra em algum local onde isto tenha sido especificado.

A preparação envolve também a organização dos espaços, de que modo que as operações de construção, armazenamento de material, assim chegada de materiais, seja feita do modo mais funcional e prático possível, para que a obra possa ser executada de forma rápida e objetiva, tendo cada parte do canteiro de obras funcionando à contento.

Este é um momento onde planejamento, bom senso e experiência fazem a diferença, olhar o terreno e estudar as melhores possibilidades para implantação do canteiro de obras.

Esta etapa inicial, pode ser dividida em alguns subitems, para que a importância individual de cada um seja realçada e mais bem explicada, como à seguir.

Quando se fala em limpeza do terreno, é sempre muito importante prestar atenção ao que deve sair e o que deve ficar. Eu que aqui escrevo, conhecí um arquiteto de muita reputação, que certa vez fez um projeto que previa deixar uma árvore existente no terreno, em um pátio do interior da casa projetada.

O arquiteto teve o maior cuidado e trabalho de fazer um projeto cuidadoso pensando em aproveitar alguns aspectos da natureza existentes no terreno. Mas quando foi feita a limpeza do terreno, o Mestre de Obras desavisado, mandou limpar tudo, e até cortou a árvore, que era motivo de um projeto original e diferente. Fato curioso que parece piada, mas é nada mais que a mera verdade.

Nivelamento do Terreno

Nem todo terreno é perfeitamente retangular ou perfeitamente plano. Na verdade a maioria dos terrenos tem seu relevo acidentado, mais altos em algumas partes e mais baixos em outras partes, ou seja, podem ser ligeiramente inclinados ou até muito inclinados. Chamaremos de topografia do terreno as suas formas quanto ao seu relevo, e assim sendo, dependendo das condições topográficas de um terreno, e da forma como o arquiteto ou engenheiro concebeu o projeto, será preciso fazer um nivelamento do terreno, atingir as condições e planos adequados para executar o projeto de construção.

Em muitos casos, terrenos em aclive (que sobem em relação ao nível da rua) e terrenos em declive (que descem em relação ao nível da rua) podem ser aterrados ou cortados para que a construção seja feita.

Um topógrafo já deve ter sido contratado pelo construtor, na etapa de elaboração do projeto, e deve ter deixado no local estacas ou marcos, indicando os níveis do terreno em pontos importantes, e ter fornecido uma planta do terreno contendo estas informações. Baseado nestas informações, são feitos os aterros ou terraplenagem do terreno, que pode ser manual ou feita com máquinas. Quando se trata de grandes cortes ou grandes áreas à serem niveladas, então pode valer à penas contratar uma firma de terraplenagem, que locará um trator de estéira com pá na frente e fará o trabalho muito rapidamente, em questão de um dia ou pouco mais, se o terreno não for muito grande.

Em caso de terrenos bstante planos, nem sempre este trabalho é necessário, sendo que apenas limpeza e contratar alguém para capiná-lo pode ser suficiente.

O terreno deve ser murado

Após a limpeza e preparações quanto à aterros ou terraplenagem se necessários, deve-se murar ou construir um tapume provisório em volta do terreno. O motivo do muro ou tapume é segurança, protegendo os passantes ou pessoas curiosas de se aproximar indevidamente da obra onde podem existir maquinas e equipamentos funcionando, e também para dar maior segurança contra furtos de materiais e equipamentos guardados ou estocados no local.

Em algumas cidades, quando o terreno está em declive, pode ser obrigatória a construção de um muro. Mas geralmente, quando o terreno é plano, uma cerca ou tapume é suficiente. Geralmente se opta pela construção do tapume, por ser mais rápido, e se a opção for construir um muro, geralmente é deixado sem emboço ou acabamento enquanto dura a construção. Somente no final da construção da casa, na fase de emboçar as paredes, então emboça-se também os muros.

Limpeza do terreno

Depois que o terreno esteja cercado, e o barracão da obra construido, então uma nova limpeza deve ser feita, retirando toda e qualquer entulho que ainda exista no terreno, ou resto de mato. Uma vez limpo, então pode-se receber as primeiras cargas de materiais de construção que serão usados na obra. Estes materiais são colocados nos locais demarcados.

Ligação de água e luz

Outro ponto importantíssimo, durante esta etapa de preparos iniciais, é a ligação de água e luz. A ligação de água é feita através do chamado "cavalete de água", feitos com a tubulação montada de acordo com as normas da concessionário de sua cidade.

A ligação de luz e força é importante principalmente para prover energia para máquinas da obra, como betoneiras, vibradores de concreto, serras de carpitaria, serras de ferragem e demais equipamentos. E importante também para instalar lampadas elétricas, caso se necessite trabalhar no início da noite, ou para o barracão de obras.

Em caso de construções em locais onde não existe água encanada, a solução é abrir um poço no terreno. E onde não existe luz, deve-se alugar um gerador de eletricidade. Quanto à eletricidade, existe a opção de usar equipamentos manuais, o que torna o serviço mais demorado e aumenta o custo com tempo de mão de obra. Em prática uma obra sem água é impossível, e sem luz a obra praticamente não anda.

Fundações e Alicerces

Explicação sobre fundações e alicerces, que formam a base da casa, considerando diversos tipos e usos adequados em função da estrutura e tipo de solo. A fundação é base da estrutura da casa, que determina qualidade e rigidez da construção. É neste momento que a construção realmente se inicia, quando o proprietário tem o prazer de acompanhar e ver a casa de fato começar a ser erguida.

O que são os alicerces ou fundações

Muitas pessoas quando olham para uma casa, somente enxergam o que está do chão para cima, se fixando nas formas que vem das paredes e do telhado, assim como nos seus acabamentos juntamente com os jardins.

Mas dificilmente alguém pensa no que está por baixo, ou mesmo tem curiosidade de saber como e onde uma casa se apóia, e porque ela se mantém firme.

Para quem quer saber, eis a resposta. Uma casa se mantem firme porque, tanto a casa em questão, como qualquer construção que seja, se apoia em alicerces ou fundações, pois se as paredes, pilares ou outros elementos da construção fossem erguidos diretamente sobre a terra acabariam afundando e fatalmente desmoronando.

Esta base firme, que encontra construída abaixo da terra, embaixo das paredes e pilares se for o caso, é o que sustenta uma casa ou edifício, distribuindo o peso da mesma de forma que o terreno possa suporta-lo, sofre alterações ou recalques (afundamentos).

O material mais usual hoje em dia, para executar os elementos estruturais de funcações ou alicerces, é o concreto armado, composto de uma mistura de areia, cimento, brita e ferragem contido em seu interior.

Na etapa das fundações, os materias para tal fim já devem estar presentes e estocados no canteiro de obra. No alicerce geralmente é usado cimento, areia, cal, ferragem, tábuas e pregos para formas. São utilizados também impermeabilizantes para isolar as paredes dos alicerces tipo (viga baldrame) e tijolos barro ou com formas especiais também podem ser utilizados para fazer alguns tipos de vigas baldrames. Veja explicações mais detalhadas sobre estes termos mais abaixo.

Tipos de Fundações

Existem vários tipos de fundações que basicamente falando, podem ser divididas em 3 tipos básicos. Fundações diretas, fundações profundas (com estacas), fundações tipo radier que é também um tipo de fundação direta.

O Tipo de fundação depende da sondagem do terreno

Primeiramente é preciso fazer uma sondagem do terreno, ou verificar sua capacidade de resistência, antes do início da obra, e melhor dizendo, do projeto.

Esta sondagem é feita através de escavação com objetos perfurantes, seguindo um processo e metódo técnico e padronizado. Em casos de terrenos já conhecidos, ou com aspecto e caracterísiticas muito marcantes, e em se tratando de construção de casa de apenas um pavimento, vale muito a experiência do profissional ao visitar o terreno, assim como o conhecimento das áreas e construções circundantes.

Como são feitas as fundações

Caso se trate de um terreno de terra bastante firme, o alicerce pode ser aplicado diretamente sobre ele, bastando fazer uma escavação raza para o assentamento da fundação. Neste caso, chamamos de fundação direta.

Se o terreno não é firme deve-se usar brocas manuais ou opcionalmente estacas, para atingir níveis mais profundos do terreno onde se alcance a resitência adequada para resistir ao peso dos elementos da estrutura da casa.

O uso de brocas manuais, explicando em termos práticos, é fazer um furo na terra, até encontrar um nível bem resistente do terreno. À seguir, joga-se concreto nesta furo, para preenche-lo em toda sua extensão. Na extremidade superior da broca, deve ser deixada ferragem de "ancoragem" ou preparada para receber a emenda de junção dos pilares e viga baldrame, viga esta que apoíará as paredes.

Quando são necessárias escavações mais profundas, utiliza-se estacas que podem ser de madeira dura, de concreto armado ou de perfis de aço, que são fincadas progressivamente na terra por uma máquina guincho, chamada bate-estacas. Geralmente se usa estacas pré moldadas, mas estas podem também ser moldadas no próprio canteiro de obras.

Baldrame

Antes das paredes da casa serem erguidas, o alicerce ou elementos estruturais da fundação como sapatas, brocas ou estacas, ou fundações diretas corridas, vão precisar de uma viga de sustenção, feita em concreto armado. Esta viga é chamada de viga baldrame, e sua função é transferir o peso das paredes para as fundações da casa, além de conferir rigidez às paredes e evitar futuras rachaduras.

Impermeabilização

A viga baldrame deve ser bem nivelada e receber uma camada impermeabilizante entre ela e a primeira fiada de tijolos, com intuito de evitar que a umidade da terra suba para as paredes da casa. Por isso, o primeiro passo é colocar sobre a viga uma ou mais camadas de tijolos comuns para deixá-la por igual.

Caso esta viga, fique abaixo do nivel do terreno, ou muito desnivelada, antes é preciso cobri-la com algumas fiadas (camadas) de tijolo para que fique nivelada, e então esta recebe a camada impermeabilizante, feita com massa de cimento, areia e adito próprio para impermeabilização. Os processos de impermeabilização variam um pouco, podendo ter mais camadas sobrepostas, inclusive de tintas à base de petróleo.

Paredes

Sobre a fase de levantamento das paredes na construção, onde os ambientes surgem definidos e sobre o emprego dos diversos tipos de tijolos na arquitetura e engenharia.

Paredes em alvenaria

Por definição, alvenaria é a obra feita de pedras ou tijolos, ligados com argamassa, cimento, etc. Quando a construção chega na fase de levantamento das paredes, é quando os ambientes se definem, e os cômodos começam a surgir.

Quando se fala em alvenaria, com relação à construções mais antigas e tradicionais, existe a expressão "parede de meio tijolo" e "parede de um tijolo". Paredes de um tijolo são paredes mais grossas com 25 cm de espessura e paredes de um tijolo são paredes mais finas, com espessura de 15 ou 13 centímetros, dependendo da espessura do emboço. Esta espessara depende da forma como os tijolos são assentados.

Até à alguns anos atrás, as paredes externas das casas e construções eram de "um tijolo" e as internas de "meio tijolo". Nos dias de hoje, geralmente toda construção adota paredes de 15 centímetros, tanto para paredes externas como para paredes externas.

Existe um terceiro tipo de parede, bem mais fina, chamada de "parede de espelho". Estas paredes tem 10 centímetros acabados, ou seja considerando o revestimento ou emboço. Neste tipo de parede, os tijolos maciços são colocados de forma a ficarem apoiados no lado menor da peça. Existem também tijolos vazados para paredes de espelho. Entretanto, as paredes de espelho somento devem ser levantadas para dividir ambiente internos.

Na verdade a econômia que se ganha em tijolo, perde-se em gasto com massa muito forte, tanto para assentamento como para o emboço, para conferir resístência à este tipo de parede, que bem feita fica tão firme quanto à parede de um tijolo. É uma opção apropriada quando se pretende ou se necessita ganhar espaço interno.

Materiais de alvenaria

O tijolo é o mais simbólico e tradicional elemento da arquitetura no Brasil, e também uma opção adequada em termos de clima e custo para a maior parte do território brasileiro.

Seja ele tijolo vazado (furado) ou maciço, possui boas propriedades térmicas e acústicas. E geralmente é adequado para ser utilizado em qualquer região do Brasil, tanto regiões quentes como frias.

Dependendo do tipo de tijolo e da forma como é assentado, e do seu acabamento, pode conferir diferentes aparências e estilos às casas, dando-lhes aspectos e caracterísitcas clássicas, arrojadas ou rústicas.

Tipos básicos de tijolos

Existem atualmente inúmeros tipos de tijolos, e à cada dia surgem novas opções. Aqui estão enumarados e descritos alguns tipos de tijolos.

Tijolos Maciços: São tijolos de barro cozido, muito utilizados antes do surgimento dos tijolos vazados de cerâmica. São resistentes, e se enquadram na categoria de alvenaria estrutural, ou seja, eram muito usados para construção de casas, de andar térreo ou mais de um andar, cujos peso das lajes eram suportados pelas paredes, sem as vigas e pilares de concreto armado. Neste caso, se utilizava sintas de concreto e vergas para conferir rigidez às paredes, mas o sistema estrutural era diferente.

Dependendo da qualidade do tijolo maciço, e do capricho e técnica usada em seu assentamento as paredes podem ter seu acabamento ao natural, sem revestimento.

Tijolos Laminados Maciços de Cerâmica: Este tipo de tijolo maciço, é semelhante ao tijolo de barro cozido, porém apresentam um melhor acabamento para ser empregado em paredes com tijolo aparente. São altamente decorativos, quando se pensa em fazer uma alusão à construções rústicas, porém dentro da modernidade e praticidade. Geralmente tem o preço mais elevado.

Tijolos Vazados de Cerâmica: São tijolos laminados de cerâmica, em modelos vazados ou perfurados, adequados para a vedação de paredes internas ou externas, revestidas por emboço.

Blocos de cimento: Os blocos de cimento são utilizados para a construção de muros e qualquer tipo de parede. São fabricados em diversos tamanhos e modelos, alguns com acabamento especial para paredes que não recebem acabamento. Geralmente são mais caros, mas tem seu lado econômico, já que ganha-se na mão de obra, pois o assentamento de um bloco de cimento equivale ao assentamente de vários tijolos de barro. Entretanto pode ser mais pesado, e pode ser pensado como alvenaria estrutural.

Concreto armado: É também possivel falar em paredes e alvenaria de concreto armado. Entretanto, exceto em caso de placas para encaixe de casas econômicas e muros pré moldados, utiliza-lo na construção tradicional como alvenaria é de certo modo inviável, por ser um material caro, e que exige mão de obra preparada para tal fim.

Sendo assim, pensar em alvenaria de concreto armado é algo incomum, para não dizer desaconselhável, à menos que se trate de casos e projetos especiais, e se disponha de uma equipe preparada e especializadas, além de um acompanhamento constante durante a execução da obra.

Deste modo, o emprego do concreto armado em alvenaria, fica para projetos mais arrojados como um todo, ou para algumas partes do projeto que se materializam na construção como paredes curvas em concreto aparente, escadarias esculturais e outros volumes ousados que se queira destacar. Devido às suas propriedades, o concreto é um material que permite moldar diferentes formas, dando total liberdade aos arquitetos.

Paredes de Madeira

Paredes feitas em madeira, e casa feitas como um todo em madeira, inclusive as fundações, eram muito usadas no sul do pais, até a segunda metade do século 20. E até hoje ainda existem construções que usam paredes em madeira, devido ao fato das plantações de replantio de pinheiros serem abundantes na região, tornando o custo viável.

As madeiras tratadas apresentam diferentes cores, podendo ser enceradas, pintadas ou envernizadas. Um projeto bem feito, pode usar paredes de madeira em perfeita sintonia como outros tipos de pisos e revestimentos de paredes internas. A vantagem das casas de madeira, principalmente pré-fabricadas é sua velocidade de construção e montagem. Trata-se de uma opção diferente, e para tal deve estar em uma região onde exista este tipo de oferta à preços competitivos.

Levantamento da Alvenaria

A fase anterior, das fundações, é uma etapa meio enigmática da obra, pois nem sempre o casal proprietário da obra entende bem o que está acontecendo, além de somente ver coisas sendo feitas abaixo do nivel do terreno em escavações. Sabe-se apenas que a casa esta nascendo, que suas bases estão sendo feitas.

Em contrapartida, quando a alvenaria começa a ser levantada, isto gera um entusiasmo nos proprietários ao visitar a obra. Porque? Porque é exatamente neste etapa que os proprietários podem ver os cômodos surgindo, os volumes dos ambiente sendo erguidos.

Esta é uma fase gratificante, e se não existir empecilhos ou excesso de chuva, a obra anda muito rápido, e tem-se realmente a sensação de ver a casa sendo erguida, e a sensação de ver a colocação dos primeiros tijulos e surgimento das primeiras paredes será memorável.

Tecnicamente falando, para se entender, quando a casa é construída baseada na alvenaria e não em pilares e vigas de concreto armado (ou seja, com estrutura independente), as paredes começam a ser erguidas pelos cantos, ou seja, primeiro são construídos os cantos ou junção de duas paredes, para que a alvenaria começe firme e amarrada.

O assentamento dos tijolos é feito com uma massa, chamada de argamassa, que é feita de cimento, areia e cal. A colocação desta massa entre os tijolos é feita com um instrumento de mão, chamado colher de pedreiro.

Durante o levantamento das paredes devem ser observado alguns fatores como:

1- Deixar vãos caso estejam previstas colunas de sustenção em concreto aramado, cuja armação já vem das fundações, ou caso esteja previsto usar algum tijolo especial em alguns pontos para introdução de ferragem e colocação de concreto, para conferir rigidez às paredes e à casa como um todo.

2- Em caso de estarem previstas colunas ou pilares de concreto, caixas de madeira, feitas de táboa de construção, com ferragem em seu interior são montadas no local. E depois o concreto é derramado no interior das mesmas.

3- Deve ser feita a marcação dos locais do vãos de portas e janelas, onde entrarão estas esquadrias.

4- Construção de vergas ou vigotas que devem ficar apoiadas na alvenaria, sobre os vãos de portas e janelas, para sustentar a parte de parede que passa acima dos vãos, e que seguem até o teto. No caso de janelas, são colocadas vergas também na parte onde a janela é assentada, para que a distribuição do peso das paredes na extremidade dos vãos não causem rachaduras.

Dependendo do estilo arquitetônico da casa, as vergas podem até ficar aparentes, sendo feitas de concreto armado, madeira dura de lei, ou até mesmo de alvenaria em arco ou inclinada. Vergas de madeira podem ser exploradas num projeto, quando este faz alusão ao estilo de casas rústicas ou ao estilo da casa colonial brasileira mais simples.

O nivelamento do respaldo | Rente ao teto

Onde a alvenaria termina, rente ao forro, da-se o nome de respaldo. Este deve ser bem nivelado, e os desníveis corrigidos com uma camada de massa de cimento, areia e cal, antes da colocação da laje, que de acordo com o metodo construtivo adotado, sera apoiada e assentada sobre esta parede de alvenaria.

Quando a casa tem estrutura de concreto armado, as paredes não tem função estrutural ou de apoio, e neste caso servem apenas para fechar os vão entre pilares e vigas que compoem a estrutura. E ainda neste caso, a laje é muitas vezes construída antes das paredes serem erguidas. Em casas de dois pavimentos, de construção moderna, a estrutura geralmente é de concreto armado.

Chama-se "pé-direito da casa" a altura de piso à teto. Sobre o final da alvenaria, na parte superior, quando se trata de sobrados, pode-se também aproveitar o respaldo para formar o fundo de formas de vigas de concreto armado, que sustentam o piso superior. Neste caso, é necessário a colocação de táboas laterais, para fechar a forma e despejar o concreto.

Em casas térreas, estas vigas geralmente não são necessário. No repaldo, onde a parede se encontra com a laje, muitas vezes é feita uma cinta de concreto, apenas para dar firmeza à construção.

Laje | Tipos e Custos

Sobre a escolha e construção da laje que fecha a teto da casa, com seus tipos, técnicas de construção, custos, vantagens e desvantagens.

A laje e a construção

A laje é um elemento estrutural e parte da construção que fica em contato com a alvenaria, na altura do respaldo, e que forma o forro da casa. Em casa de dois pavimentos, geralmente existe uma viga entre a laje e a parede em alvenaria.

Uma vez que a laje é colocada, o voce como proprietário da obra, poderá ver ou sentir, pela primeira vez o volume total dos ambientes de sua futura morada, ver como serão os futuros cômodos.

Entretanto, para os proprietários, esta é uma fase um pouco estranha, pois a casa ainda não está acabada e ainda não possui luz eletrica nos cômodos, e como a laje e paredes tem tom escuro não refletem muita luz natural, o que pode dar uma sensação negativa se visitar a obra ao entardecer, quando sol já está se pondo.

Além do mais, enquanto a laje está sendo feita ou o concreto ainda está em processo de cura, existem as formas de apoio das lajes, sustentada por estacas de madeira ou de ferro, geralmente alugadas. Então o ambiente fica confuso e meio intransitável.

A melhor hora para visitar a obra nesta fase, é pela manhã ou tarde, quando existe bastante luz natural, para sentir como será a casa com suas janelas abertas. E o melhor momento para ver a laje, os comodos fechados, é depois que os apoios das lajes já foram retirados.

Principais tipos de laje

Existem dois tipos básicos de lajes usados em construções de casas comuns, e são os seguintes.

Laje Maciça

A laje maciça, é altamente resistente, oferecendo excelente isolamento acústico e térmico. É totalmente moldada na obra, sobre forma de madeira, feita de chapas de compensado tipo madeirite, adequado para obra e formas de concreto armado. Estas chapas por suas vez são apoiadas em táboas de madeira, que são sustentadas por postes de apoio.
armação da laje, constituida por vergalhoes (ferragem de construção) é distribuida e armada sobre a forma plana, para que depois, seja despejado o concreto, que é uma mistura altamente resistente de cimento, areia e brita (pedra em pedaços). Quando o concreto se cura ou fica seco, tendo o aço ou vergalhões distribuidos corretamente em seu interior, isto forma uma verdadeira rocha plana artificial.

Se voce olhar no dicionário, a palavra laje, significa "rocha plana e horizontalizada", vindo daí o nome da laje, nome este abreviado, já que o nome original ou completo é "laje de concreto armado".

Laje Pré-Moldada

As lajes pré-moldadas foram uma das melhores novidades que surgiram nas ultimas décadas do século 20 relacionadas à construção civil. Facilitaram em muito os métodos construtivos, tornaram a execução da lajes mais rápidas e mais baratas em função da economia de concreto. E reduzem também a necessidade de formas, necessitando apenas de apóios para evitar flexão excessiva durante a sua montagem e construção.

A laje "pré" é formada por dois elementos básicos que devem ser encaixados e montados na própria obra. Utiliza-se vigas pequenas, também chamadas de vigotas em formato de T invertido ou de cabeça para baixo, pré-moldadas em concreto armado. Ou seja, chegam prontas para serem usadas na obra. O segundo elemento básico são lajotas de cerâmica também compradas prontas, (podendo ser também de cimento), padronizadas para serem encaixadas entre duas vigotas T, ficando apoiadas nas mesmas.

A montagem da laje é feita posicionando as vigas em paralelo, em distância regular e igual entre elas, vigas estas apoiadas nas paredes dos vãos ou vigas, cobrando assim toda extensão do vão a ser fechado. O espaço que fica entre uma viga e outra, é preenchido pelas lajotas, colocadas em sequência, uma atrás da outra, e apoiadas em forma de encaixe nas vigas.

Depois da montagem, geralmente são colocados alguns vergalhoes finos, de transversal às vigotas, e depois é jogada uma camada de concreto com alguns poucos centímetros de altura. Este concreto se cola à vigotas e lajes, e também aos vergalhões estendidos, formando uma estrutura única e rígida.

O que é melhor, laje maciça ou laje pré-moldada?

Esta é uma pergunta que não pode ser respondida de forma simplista. Para cada tipo de situação, pode existir uma resposta diferente. E a opção entre um ou outro tipo de laje vai ficar sob o julgamento do engenheiro ou arquiteto que vai acessorar a obra ou desenvolver o projeto sob o ponto de vista estrutural.

Para tal, é levada em conta diversos aspéctos, como resistência necessária, viabilidade econômica e disponibilidade local para uso de um outro sistema.

Como já foi dito acima, a laje "pré" de um modo geral tem um custo bem menor do que a laje maciça, sendo também de execução mais fácil e rápida. Todos estes detalhes são considerados, pois vão influir no orçamento total da construção assim como no prazo para o término da obra.

Esquadrias | Portas e Janelas na Construção

Explicação sobre escolha e instalação de portas e janelas no projeto e construção de uma casa, levando em conta materias, tipos, estilos e clima local.

Esquadrias ou caixilharias

Existe uma infinidade de tipos de portas e janelas para uma casa, quanto ao estilo ou aparência, quanto à funcionalidade, como quanto ao material com o qual é produzida.

Indo muito além das aparências e pensando no clima

É um erro pensar em esquadrias pensando apenas no "estilo da construção", da mesma forma que é errado construir uma casa em estilo colonial, com telhados de pouca inclinação em local onde neva.

Pensar apenas em "estilo arquitetônico" sob o ponto de vista estético não faz sentido em alguns casos. É preciso pensar também em funcionalidade, ou seja, uma casa tem como função primordial ser um abrigo confortável.

Se uma casa é construída em local predominantemente frio, deve ser projetada de modo a proteger os moradores do frio, e aproveitar alguns recursos naturais para manter a temperatura interna agradável, isto é, além de usar recursos artificiais.

Se a casa é construída em clima quente, deve ser pensada no sentido de ser um abrigo ou refúgio, onde os moradores encontrem temperaturas interiores mais amenas, aproveitando ao máximo recursos naturais, como ventos predominantes, e adotando estratégias que impeçam que muito do calor do exterior passe passe para o interior de uma residência.

Uma casa bem pensada, é a combinação de vários elementos, e as esquadrias são uma parte do todo, que juntos tornarão uma casa agradável e funcional. Portanto, as esquadrias não podem ser pensadas somente em termos de beleza ou estilo, mas também em termos de funcionalidade. Isto implica em pensar no local onde se constroi a casa e considerar os fatores climáticos. Se precisa de muita vedação ou se pelo contrário, precisa de muita ventilação, ver se o sistema de venezianas é adequado, etc.

climas onde existe longos períodos de frio e longos períodos de calor, é preciso pensar em esquadrias que sejam flexíveis quanto à possibilidade de boa ventilação no verão, e boa vedação contra ventos frios no inverno.

Materiais de Esquadrias

As portas e janelas, em sua forma mais tradiconal são de madeira fabricadas em todos os tipos e modelos. Entretanto são muito usadas também as esquadrias de ferro, geralmente do tipo janelas com folhas de correr ou vitrôs. Esquadrias de alumínio tem substituído cada vez mais as esquadrias de ferro e de madeira, principalmente no caso de edifícios de apartamentos. Existe ainda como opção, as janelas de pvc, um material plástico ou derivado do petróleo.

As esquadrias de madeira, ferro ou alumínio podem ser encomendadas sob medida ou encontradas prontas em lojas de materias de construção, em tamanhos padronizados.

Tipos de Esquadrias

Quanto ao tipo e forma de funcionamento, os modelos são variados, e aqui estão listados os modelos principais e básicos.

Existem as janelas com duas folhas de correr com paineis de vidro, tendo ou não uma combinação de venezianas com sistema sanfonado de abrir independentes. Existem também os modelos tipo guilhotina, igualmente com paineis de vidro, onde as folhas das janelas deslizam verticalmente para serem abertas.

E existem as portas e janelas com duas folhas que se abrem com dobradiças, contendo parte em painel de vidro e parte em venezianas, sendo que ambas as partes podem ser vedadas por portinholas, uma para permitir ou vedar entrada de luz, ou para permitr ou vedar a ventilação. Este é um tipo de janela muito funcional, ideal para climas onde existem estações frias e quentes.

Quanto à forma e aparência, existem portas e janelas retangulares como em arco, geralmente em estilo moderno e funcional, algumas fazendo referência ao estilo colonial.

Tipos de Portas

Existe uma grande variedade de tipos de portas quanto ao seu material e sistema de fabricação, como também quanto ao estilo , revestimento e opções de acabamento.

São encontradas no mercado portas em maderia maciça, ou feitas com duas floras de compensado que fecham as faces maiores tendo no seu interior ripas longitudinais que podem ser ou não espaçadas entre sí.

Estas portas que não são de madeira maciça, apresentam duas opções de acabamento, podendo ser compradas para serem emassadas e pintadas ou já revestidas com folheado de algum tipo de madeira, ou seja, uma fina camada de madeira nobre que vem colada sobre a porta, para receber como acabamento verniz ou cera. Os tipos mais comuns de revestimento de portas de madeira prensada são o mogno, imbuia, cedro, e cerejeira entre outros.

As portas de madeira maciça geralmente são feitas de canela, cedro, mogno e outros tipos de madeira de lei.

Quanto à aparência funcionalidade, existem vários tipos, como portas lisas que são as mais comuns, portas almofadadas ou entalhadas que são mais nobres e mais caras. Algumas possuem também paineis de vidro, e podem ter forma de arco.

Tradicionalmente, um tipo de batente muito comum era feito em peroba, mas geralmente a madeira dos batentes acompanham o material da portão, principalmente se for de porta de madeira maciça para ser envernizada ou encerada.

Contramarcos

Quando a alvenaria está sendo levantada, ou seja, enquanto as paredes estão sendo erguidas, a boa técnica construtiva recomenda colocar um contramarco nos vão deixados para as portas e janelas. Se trata de um quadro de madeira resistente, feito do mesmo material usado para as portas e janelas.

O contramarco funciona como um caixilho provisório, para que o vão fique bem demarcado na junção da alvenaria e emboço com o vão da porta. Assim não se corre o risco que manchar com cimento ou argamassa o batente ou armação de madeira das portas e janelas, que vão entrar dentro destas, e que serão colocadas somente na fase de pintura.

O uso de contramarco nem sempre está presente em todas as obras, pois em função da evolução dos materiais de esquadrias, e novos métodos de construção, nem sempre se fazem mais necessários em função da simplificação da construção nos dias de hoje.

Telhado

Dicas sobre a execução de telhado, considerando tipos de telhas, madeiramento, e caracteristicas para proporcionar bom conforto térmico no interior da casa.

Construção do telhado

Um telhado bem construído, principalmente em locais quentes, deve oferecer boa ventilação, independetemente do tipo de material usado.

Quanto à estrutura do telhado, ou seja, o sistema que vai dar sustentação e inclinação às telhas, para tal pode ser usado estrutura de madeira, desde que de boa qualidade, por ser resistente e não sofrer a ação de cupins. A madeira mais tradicional utilizada para madeiramento de telhado é peroba, entretanto, outros tipos de madeira dura e resistente apareceram nos ultimos tempos, como a massaranduba, quem vem do norte do Brasil.

Estruturas de ferro ou feitas com perfis metálicos também podem ser utilizadas, sendo mais comuns para galpões comerciais ou industriais. Mas existem estruturas de metal pré-fabricadas que tem custo acessível para uso em construção de casas residênciais.

A mais tradicional e conhecida forma de estrutura de telhado é feita de madeira, constituindo-se de treliças ou tesouras, que permitem vencer vãos utilizando de peças de espessura razoável. Entretanto, estas tesouras ou treliças também podem ser de aço, geralmente utilizadas em construções industriais ou para vencer vãos muito grandes, como hangares para aviões, ou coberturas das antigas estações de ferroviárias.

No caso de residências, esta estrutura de telhado é chamada também de madeiramento. A estrutura de madeira ou madeiramento mais comum para receber telhas de barro, constituí-se de armações com formato de treliça em forma de tesoura aberta, vindo deste fato o nome "tesoura". As tesouras são ligadas entre sí por uma viga chamada cumeeira, viga esta que parte do topo ou "cume" de cada uma em direção à outra. Sobre as cumieiras, são apoiados inúmeras outras pequenas vigotas de madeira chamadas caibros, com espaçamento regular entre sí. e sobre os caibros, são apoiadas ripas longas em sentido transversal, também espaças regularmente entre sí, que por sua vez receberão as telhas.

Tipos de telhas

A escolha das telhas depende de vários fatores como conforto térmico almejado no interior da casa, custo de determinados tipos de telha e custo do sistema estrutural que vai apoia-las. A escolha das telhas implica também em escolher compulsoriamente, embora com alguma flexibilidade, o tipo de sistema estrutural que vai apóia-las.

Em caso de telhas de barro, deve-se compra-las antes de contruir o madeiramento, para não haver problemas com as medidas do espaçamento entre ripas.

Existem diversos tipos de telhas, e abaixo estão listados os principais tipos com suas características principais:

Telhas de barro cozido: Este tipo de telha podem ser dividas em dois tipos, telhas francesa e capa-canal, que podem ser subdivididas em telha plana, telha paulistinha, telha romana e telha colonial.

As telhas francesas são achatadas, e é indicada para telhados mais inclinados, pois exigem mais inclinação ou ponto de queda.

As telhas do tipo capa-canal (popularmente chamadas de colonial), são excelentes para regiões de clima quente, permitem muita ventilação, além de serem um bom isolante têrmico.

Telhas de Fibrocimento: Substituem as telhas de amianto. São feitas em grandes tamanhos, nos tipos ondulado, modulado, meio tubo, canalete, canaletão e capa-canal longa, fabricadas em várias cores, podendo imitar inclusive as telhas de barro em estilo colonial. A principal vantagem destas telhas é menor uso de madeiramento, ou uso de estrutura simplificada. Estas telhas são colocadas de acordo com as especificações que são fornecidas pelos seus fabricantes. Embora existam muitos fabricantes, existe uma padronização, e medidas iguais ou semelhantes podem ser encontradas em diferentes marcas.

Com desvantagem, estas telhas são considerantes "quentes", ou seja, não permitem muita ventilação e assim sendo o telhado deve ser ventilado. Mais ainda, em uma casa sem forro, em dia de calor, o ambiente interior ficaria mais quente sob um telhado de fibrocimento do sob um telhado de telhas de barro tipo capa-canal ou colonial.

Telhas de Metal: São feitas de finas chapas metálicas, e seu uso se restringe mais à galpões comerciais e industriais. Apresentam pouco isolamento térmico e acústico, e não são muito utilizadas em residências..

Acabamento do Telhado

Uma caracteristica comum à qualquer tipo de telhado é o fato de terem o acabamento feito através de telhas para cumeeiras e águas-furtadas. As telhas de cumeeiras devem ser assentadas com argamassa ou massa de cimento, cal e areia, na parte mais alta do telhado, onde dois planos inclinados se encontram. Sua finalidade é dar acabamento ao telhado e também não permitir que a água da chuva entre na junção das duas águas ou planos do telhado. Ou seja, as águas de chuva que caem sobre a telha de cumeeira descem para os lados do telhado.

A águas-furtadas são calhas com forma especial, colocadas na junção de duas águas ou planos de telhados em queda que se encontram. A função das águas-furtadas é encaminhar a água da chuva e conduzi-la para fora do telhado.

As calhas também são outro elemento de acabamento do telhado. Embora não seja um elemento obrigatório, é altamente funcional, pois recebem as águas que caem do beiral ou beiradas do telhado e as encaminhas para um tubo de descida, conduzindo a água até o chão sem respingos laterais, ou evitando que caiam sobre que passa sob o beiral.

As águas-furtdas geralmente são feitas de folhas de metal (zinco), chapa galvanizada ou cobre que é o de melhor qualidade. As calhas antigamente eram feitas por funileiros, em metal. Atualmente existem calhas de plástico ou pvc, compradas prontas para serem montadas em peças modulares.

O telhado geralmente é arrematado com emboço, usando massa de cimento, cal e areia, com finalidade de ligar as primeiras filas de telhas, evitando que escorreguem e deixando as fileiras subsequentes apenas encaixadas uma nas outras.

Atualmente, em muitos telhados que se utilizam de telhas do tipo capa-canal ou "colonial", tem sido usado um sistema de amarrar as todas as telha às ripas com arame, através de um processo que fica invisível. Esta amarração evita o desliza e escorregamento das telhas que ocorre com o tempo, evitando assim o surgimento de goteiras e propiciando menos manutenção.

Dentro da construção civil tradicional, na construção de residências, geralmente se organizava uma pequena festa ou confraternização entre todos os envolvidos na obra, quando se chegava ao ponto de ter o telhado acabado. Esta confaternização se chamava festa da cumeeira, que talvez tenha desaparecido dos grandes centros.

Neste momento já se tem uma vista da casa quase pronta, ou seja, já está erguida e com suas formas definidas. Mas ainda faltam as instalações finais, os revestimentos, colocação de peças e utensílios e depois a pintura.

Instalações Prediais

Veja como são feitas e como funcionam as instalações de agua, luz e esgoto, constituidas de tubos e eletrodutos que correm por trás de paredes, pisos e forros. Estas instalações aparentemente complicadas, são as artérias que levam e proporcionam conforto à sua casa.

Tubulações e eletrodutos levam conforto à sua casa

Por trás da paredes, por dentro das lajes acima do forro, e também pelo chão, muitos tubos e fiações ficam ocultos, e abastecem sua casa com água e energia, bem como levam os detritos do esgoto para o exterior. À primeira vista parecem muito complicadas, mas para quem quer entender como funcionam, não é tão dificil assim.

Fase das Instalações na Obra

Quando chega a fase das instações, várias atividades simultaneas são feitas na obra. Toda parte hidráulica e elétrica estão representadas em planta, e os pontos de água e eletricidade já foram decididos no projeto, muito antes da obra ter sido iniciada.

Nesta fase da obra, com o todos os detalhes e pontos indicados, os instaladores eletricista e bombeiro locarão as tomadas de luz, TV, ar condicionado, chuveiro, interruptores e ponto de água para pias, aparelhos e louças sanitárias, chuveiros, ralos, tanques, saídas dos esgotos, maquina de lavar pratos e lavar roupa, maquina de secar e demais pontos previstos no projeto.

Quanto aos ponto de água, são feitos os pontos de água fria como também de água quente, que possuem tubulações diferentes, para espera do aquecedor ou sistema de aquecimento que será instalado posteriormente.

As instalações elétricas, abrangem também sistemas de segurança como alarmes, circuitos internos de TV, pontos de luz para jardins e áreas externas, assim como portão automático de garagem.
Instalações nas lajes, paredes e chão

Parte das instalações elétricas precisam ser colocadas na laje, pois ficam no interior das mesma, conduzindo fios que ligam pontos de luz no teto e que descem para os interruptores.

Somente depois de colocados os eletrodutos e caixas de luz que as lajes são concretadas.

Dentro dos conduítes, devem ser deixados arames para puxar os fios mais tarde, ou se não tiverem sido deixados, mais tarde o eletricista passará uma sonda de aço de uma extremidade à outra dos eletrodutos para puchar a ficação.

Quando a laje já está concretada, com parte da instalação elétrica embutida na mesma e com locais demarcados para furos de instalações hidráulicas e de esgoto (em caso de casa de dois andares), são feitos cortes nas paredes da casa, para a colocação dos canos de água, eletrodutos para fiação de luz e tubulação de esgoto no chão.

É nesta hora que são colocados em vãos abertos nas paredes as tubulações de hidráulicas com os registros de água, válvulas, para distribuir água pela casa nos pontos indicados de banheiros, cozinhas, áreas de serviço e jardim. Em processo identico, também em rasgos nas paredes, são colocados os eletrodutos, caixas de luz, caixas para interruptores, caixas para tomadas e caixa de distribuição dos circuitos elétricos nas paredes.

Todo esse material da instalação fica semi-embutido na parede, esperando a fase do emboço, ou início do acabamento, quando então a parede vai ser nivelada e revestida com massa.

Compreensão das instalações e conferência dos materiais

Uma vez que as tubulações e demais peças básicas de hidráulica e elétrica estejam colocadas, voce tem uma boa e má impressão ao mesmo tempo. A boa é ver as instalações das tubulações colocadas nas paredes de forma aparente, podendo entende como funcionam como se voce estivesse vendo sua casa com visão de raio X, afinal voce vê tudo que ficará no interior das paredes, e até no chão. E na verdade, o que voce vê é nada mais nada menso que a concretização do que estava indicado em projeto, nas plantas de hidráulica e elétrica, que talvez parececem complicadas, mas sairam do papel e se tornaram realidade.

A possível má impressão, para quem não vê apenas pelo lado positivo, e ver as paredes com rasgos e tubulações expostas, ou seja, as instalações básicas em estado bruto. Mas novamente, olhando pelo otimismo, isto é um sinal de que a construção está em estado adiantado e andando à plena vapor.

Está é uma fase que merece bastante atenção do engenheiro ou arquiteto que está comandando ou "tocando" a obra, assim como para o proprietário da obra, quando deve observar se tudo esta sendo executo conforme o projeto, corretamente, e se os materiais especifícados e comprados são os que estão sendo realmente usados. É importante prestar atenção nesta hora, pois podem ocorrer quanto aos materiais enviados pelo fornecedor, tanto quanto à especificação quanto à quantidade.

Chapisco e Emboço

Explicação sobre o chapisco, massa grossa e massa fina que revestem de forma básica as paredes, preparando para a pintura ou revestimento com azulejos ou fórmica.

Motivos para revestimentos de paredes

Quando a alvenaria se encontra pronta, assim como as lajes de teto, estes precisam de um acabamento se ficarem diretamente expostos, tanto por motivos estéticos ("embelezamento"), como por motivos práticos e funcionais.

Os mótivos práticos, com relação às paredes externas, é evitar que a umidade proveniente de agua de chuva penetre nas paredes, e esteticamente falando, revestir para pintura principalmente as casas feitas de tijolos laminados, para que não fiquem com aspécto tosco ou de casas inacabadas. Somente não se aplica resvestimente externo, quando a casa foi realmente projetada para ser construídas com tijolos aparentes ou até mesmo blocos de concreto também feitos para tal fim.

Quanto às paredes internas, como salas e quartos onde não existe exposição de água ou umidade, o motivo do revestimento com emboço das paredes é também estético ("beleza" ou decoração") e também motivo funcional. Imagine um párede com superfície rústica e áspera, com áspecto incabado, com massa de cimento aparente e tijolos rugosos e laminados também aparentes, onde possivelmente as pessoas poderiam até sofrer arranhões se se encostassem ou se raspassem o braço bruscamente, Imagine també a quantidade de poeira que se acumularia nas juntas, e a dificuldade de limpeza.

Quanto aos banheiros e cozinhas, são usados revestimentos como azulejos nas paredes por causa de serem impermeáveis, podende ser expostos à umidade e água, e serem de fácil manutenção, podendo ser lavados.

Em função de todos estes motivos, fica portanto entendido, porque na construção civil, se usa dar acabamento ou revestimento às paredes.

Preparação das paredes para acabamento

Como dito no ítem anterior, as paredes e tetos de uma casa precisam receber acabmentos. Mas para tal, existem alguns tratamentos básicos ou preparos básicos para receber os materiais de acabamento.

As argamassas, ou massas que são utilizadas nas paredes, existem em vários tipos, de acordo com sua função. O chapisco é uma argamassa de aderência, o emboço é uma argamassa de regularização, e o reboco uma argamassa de acabamento.

Chapisco

O chapisco é um tipo de argamassa de aderência. É uma camada de massa preparada com cimento e areia, que será aplicada para proprorcionar aspereza em superfícies formadas por materías muito lisos e com pouca porosidadade, como vigas e pilares de concreto, paredes de tijolos laminados e tijolos prensados. Uma vez que estas superfícies estejam chapiscas, estas se tornam ásperas, e adquirem condições de receberm outras argamassas (argamassas de revestimento para pintura ou argamassa de suporte para azulejos).

O chapisco é a camada que vai segurar a próxima etapa do acabamento, Obviamente que, em paredes projetadas para tijolo ou blocos de concreto aparente, não se aplica nem o chapisco nem o emboço.

Ao lado um esquema de revesimtento de parede com chapisco, emboço e reboco, sobre tijolos de cerâmica.

Emboço

Após o chapisco, vem a seguir a aplicação de massa grossa ou emboço, e que será aplicada em todas paredes internas e externas da casa, e nos tetos também, à menos que exista teto rebaixado em gesso sob as lajes.

O emboço é uma argamassa de regularização, sendo sua função deixar a superfície das paredes planas, eliminando a irregularidade dos tijolos, sobras de massa de assentamento e também corrigindo o prumo e alinhamento das paredes. Nas paredes externas, o emboço deve funcionar como uma espécie de capa de chuva das paredes, evitando penetração de águas umidade no interior.

Deve-se saber que, a massa aplicada aplicada em paredes que vão receber azulejos ou fórmica, é mais forte ou resistênte que a massa aplicada em parede que vão receber pintura.

Aao lado paredes chapiscadas e máquina manual de chapisco. As paredes já estão prontas para o emboço, e observe que o chão da casa ainda é o terreno. O contrapiso ainda não foi feito. Veja também neste link externo, o vídeo de umamáquina industrial de fazer chapisco e emboço.

Reboco

O reboco é uma argamassa de acabamento. É aplicada após o emboço, constituindo-se de uma massa fina composta de cal e areia fina, que foi obtida na obra com peneira de malha bastante fina. Esta massa é aplicada em todas as paredes da casa que vão receber pintura, e obviamente não é aplicada nos cômodos que vão receber revestimentos especiais como azulejos, laminados ou pastilhas.

É uma superfície que deve ficar perfeitamente lisa, com aproximadamente 2 milímetros de espessura. Nos dias de hoje, o reboco tem não sido mais preparado em canteiros de obra, pois tem sido encontrado em sua forma industrializada, enscado e pronto para ser misturado à água.

Outros tipos de revestimentos de parede para acabamento

Existem também diferentes opções para acabamentos de parede, que vão além do reboco liso. Pode-se utilizar também acabamentos mais rústicos, produzindo texturas sobre o emboço.

Existe também a opção de aplicar pintura diretamente sobre o emboço, quando este é feito com areia mais fina, tendo então a sua superfície menos rugosa.

Instalações Finais e Retoques

Quando o piso, paredes e tetos estão prontos, vem a fase da passagem da fiação, colocação de aparelhos e metais sanitários, bancadas de pias, tanques, serviços de marcenaria, etc.

Os Retoques Finais | Instalações Finais, Retoques e Assentamentos

Quando o piso, as paredes e tetos já estiverem prontos e acabados, chega a hora de dar os acabamentos finais. Quando o rejuntamento do piso, ou colocação de cimento branco ou colorido entre as juntas do piso já foi feita, em algumas obras, como medida de proteção, usa-se passar uma camada de gesso sobre o piso. Uma vez que não exista mais o risco de danos, ao término definitivo da obra, esta camada de gesso é retirada.

Passagem da Fiação

Quanto à parte elétrica, até este momento, todos os conduítes e eletrodutos, que podem ser rígidos ou flexíveis, também conhecidos como "mangueiras de plastico para fiação", já estão colocados e fixados dentro das paredes e lajes, com suas respectivas caixinhas para para tomadas e interruptores nas paredes, e caixinhas nas lajes para fixação de lustres e luminárias. Mas os fios elétricos ainda não estão passados.

Então chega a hora de passar a fiação, com a ajuda dos arames que foram deixados anteriormente dentro dos conduites. Mas em muitos casos não são deixados arames. Os eletricistas, possuem uma sonda ou "guia" flexivel de aço que é introduzida em uma das extremidades dos eletrodutos, e que logo sairá na outra extremidade. Com a ajuda de seu ajudante, este amarra os fios elétricos à serem introduzidos nos conduítes na ponta da guia que possui um furinho para prender os fios. Assim, de ponto em ponto, toda a fiação é passada de acordo com o número de fios necessários estipulados no projeto.

Geralmente são utlizadas três cores de fios, uma para o chamado fio fase, outro para o chamado neutro e outro para o retorno de interrruptores.

Colocação de Louças e Metais Sanitários

Na parte hidráulica são instalados os aparelhos sanitários, metais, bancadas de pias e tanques. Esta é também uma etapa muito motivadora para os proprietários da obra, que sentem a satisfação de ver um ambiente vasio se transformar verdadeiramente em um banheiro, cozinha, ou área de serviço, vendo então todos as peças compradas em seus devidos lugares.

Geralmente os vasos sanitários, pias e tanques, são fixados no piso ou nas paredes pelo encanador ou bombeiro utilizando o sistema de parafusos com buchas de pressão, com auxílio de uma furadeira. Enquanto isto, as torneira, válvulas de pias e demais metais sanitários vão sendo afixados nas pias e bancas de banheiros.

Retoques e Rejuntamentos de Azulejos e Pisos

Depois que tudo está instalado e fixado, então chega novamente a hora dos azulejistas que aplicaram os revestimentos de paredes e pisos retornarem à obra, para retocar definitivamente todos os ambientes, tanto internos como externos da casa.

Em alguns casos, algumas peças de azulejos não haviam ainda sido colocadas, de propósito, aguardando a chegada do marmorista que iria colocar as bancadas de banheiro e cozinha, que precisam ser assentadas na parede. Uma vez que as bancadas estejam afixadas, então os azulejistas fazem o arremate, fechando os azulejos até a bancada e passando cimento branco nas juntas dos mesmos.

Colocação das Esquadrias (Portas e Janelas), Alizares, Rodapés e Peitorís

Paralemente à outros serviços, ou ao mesmo tempo, são também instalados as esquadrias ou caixilhos, como portas, janelas, dobradiças, vitrais, etc.

As janelas devem receber antes os peitoris, geralmente feitos de mármore ou granito, e são instalados na sua parte inferior. Entretanto os peitoris podem ser também de cerâmica, pedra, ou outros materiais que se ajustem bem ao estilo arquitetônico proposto para a construção.

Durante este processo, são colocados também os alizares ou guarniçoes da portas e janelas. A função dos alizares é vedar, ou seja, fazer o papel de elemento de vedação entre a parede e os batentes das portas e janelas, pois entre as paredes e batentes não existe acabamento. A função dos alizares é também decorativa, ou seja, emoldura as portas e janelas, e são feitas do mesmo tipo de madeira ou material utilizado para o fabrico das portas e janelas.

Os pisos da casa, quando de madeira (táboa corrida ou tacos) ou pisos laminados, também recebem os rodapés de madeira, normalmente feitos do mesmo tipo de madeira das portas e janelas. Quando os pisos são frios, tipo cerâmica ou porcelanato, os rodapés podem ser também do mesmo material, e neste caso, são colocados pelos azulejistas durante a colocação do piso, e não nesta fase.

Colocação de Armários de Quartos, Banheiros e Cozinha | Marcenaria

Outro serviço típico da fase de acabamento, são os trabalhos de marcenaria que envolvem a instalação e colocação de todos os armários da casa. Entre os armários mais comuns estão os armários sob as bancadas de pia de cozinha e banheiro, armários embutidos ou fixo, muitas vezes feitos parcialmente em alvenaria, e também os armários de cozinha, estes geralmente fixados nas paredes sobre os azulejos. Em projetos e obras muito bem planejadas, pode-se economizar nos azulejos, e assim nos locais onde vão entrar armários em parede de cozinha, muitas vezes não são colocados azulejos nestes locais.

Colocação de Vidros | Vidraceiros

Os vidraceiros são um dos últimos profissionais a entrar em uma obra, pois a medição dos vidros, principalmente em caso de vidros temperados (também conhecidos como blindex), somente deve ser feita com as paredes totalmente acabadas, com todas as camadas de argamassa, para que o técnico possa tira a medida correta e precisa do vão. Hoje em dias, muitas esquadrias já vem com vidros, e neste caso, todo o cuidado é necessário para instalação da mesmas.

A medida dos painéis de vidros geralmente é tirada usando moldes de madeira ou papelão. Após a instalação dos vidros, é comum pintar um "X" com tinta removível com água sobre os mesmos, para chamar a atenção dos profissionais e que entram na obra carregando algo que ainda possa ser instalado, e assim tomem cuidado para não quebra-los. Esta marcar com "X" também serve para chamar a atenção dos pintores.

A obra está quase pronta

À esta altura, quando os últimos acabamentos da casa estão prontos, a vontade de quem constroi é mudar imediatamente, já que tudo parece pronto para o uso.

Todas as portas em seus devidos locais, janelas e vidros estão instalados, os armários prontos para o uso, e a parte elétrica e hidráulica já funcionando.

É uma fase de grande contentamente para o casal proprietário da obra, que já começa a imaginar os filhos brincando no quintal, o carro estacionado na garagem, todos cômodos da casa decorados e cheios de vida.

Mas é preciso esperar um pouco. Quando voce olha para as paredes, voce pode sentir que ainda existe alguma coisa por ser feita. As paredes ainda não estão pintadas. Esta é a última etapa, que vai dar mais luz e claridade ao ambiente, e tornar a casa mais bela e realmente cheia de vida.

Limpeza da Obra

A tarefa de limpar uma casa após o termíno da obra é árdua e difícil. Não é aconselhável se aventurar a fazer por conta própria, e o melhor é contratar alguém para fazer isto por voce. Entretanto, para quem quer gastar tempo e energia, ou quem sabe quer emagrecer um pouco, pode-se fazer por conta própria, ou até dar uns retoques à mais, caso tenha contratado alguem. Mais abaixo, estão algumas dicas úteis sobre a limpeza.

Ao Fim da Obra, A Limpeza

Uma vez que a casa esteja pronta, a obra terminada, é hora da limpeza. Certamente que, muita coisa já foi retirada, todo o entulho restante, e muitas manchas eventuais já foram removidas, mas ainda existe sujeira e poeira que precisa ser limpa.

Para tal, básicamente falando, existem quatros soluções, sendo a limpeza feita pelo próprio pessoal que trabalhou na obra, pelos pintores, por uma empresa especializada em limpeza, ou pelo proprietário ou proprietária que resolva fazer por sí mesma.

Vejamos as vantagens e desvantagens de cada escolha:

Empresa de Limpeza:

É uma excelente opção, embora o custo possa ser mais alto.Uma empresa de limpeza esta habituada a limpar obras acabadas, conhecendo todos os truques e pontos vulneráveis, e possui um funcionário para fazer um "check-list" ou conferir tudo ao final. Além do serviço de limpeza, geralmente oferecem serviço de dedetização da casa.

Limpeza feita pelo pessoal da obra:

Não é nada aconselhável, pois não especialistas no assunto, e ao invés de providenciarem uma limpeza podem até causar problemas ou danificar algo.

Limpeza feita pelos pintores:

É uma opção que pode ser viável, porque serão eles os últimos a sairem da obra, e portanto vão cuidar para que não tenham muito trabalho depois, nem tinta pingada em vidros ou eventualmente alguns pingos espalhados pelo chão. Para retirar tinta de vidros e do chão eles são especialistas. Mas se não for esta sua opção, tenha em mente que, um bom pintor ou firma de pintura, deve entregar a obra "limpa" no que tange aos serviços de pintura. E portanto, é obrigação dos mesmos retirarem requícios de sobras de trabalho.

Limpeza feita por voce:

Caso voce não aguente mais esperar entrar em sua casa, e esteja com disposição, a limpeza pode ser feita também por voce, o proprietário ou proprietária. Mas saiba que o serviço pode ser pesado, e é preciso conhecer algumas dicas e truques, que são colocadas abaixo. É preciso retirar alguns pingos de tinta que possam ter caído nos vidros ou no chão, e que tenham passado despercebidos na entrega da pintura, assim como será preciso lavar as paredes de azulejos e pisos para retirar o excesso de cimento branco, além de outras tarefas.

Deve-se lembrar também que, a casa somente ficará totalmente limpa com o tempo, após esta limpeza grossa. Algumas coisas podem passar, e sendo revistas em faxinas rotineiras e posteriores.

Dicas gerais para limpeza da obra

Esta limpeza de fim de obra, é diferente de faxinas ou limpezas rotineiras de uma casa, que uma dona de casa pode estar acostumada à fazer ou a orientar alguém a fazer. Por isto, exige o conhecimento de algumas dicas e truques:

Ordem de Limpeza

Deve-se ter uma ordem na hora de fazer a limpeza. Primeiro, limpe toda a sujeira grossa a seco, depois deve-se laver bem os pisos, e depois varrer novamente. Então parte-se para a limpeza por partes.

Limpeza de Vidros

Os vidros que tenham algum pingo de cimento ou manchas de tinta podem ser limpos mais facilmento com espátulas de aço com lámina afiada que são vendidas em lojas de tintas. Entretanto, deve-se manusear com certo cuidado para não riscar o vidro.

Em caso de vidros com relevo, deve-se usar thiner (solvente) e escova de aço para penetrar nas ranhuras e relevos.

Para retirar etiquetas de vidros temperados (popularmente conhecidos como blindex), pode ser usado thiner mais forte, do tipo automotivo se necessário.

Limpeza de Azulejos

Excesso de massa que restou entre os azulejos pode ser retirada com uso de uma lâmina, e depois passa-se palha-de-aço (bombril) com detergente. Este mesmo processo, pode ser usado para reirar respingos borrifados ou pingos maiores de tinta, assim como tinta do teto que tenha pegado nos azulejos.

Limpeza de Pisos

Quanto à limpeza do piso, esta é feita com uso de uma solução de ácido muriático e água. Em pisos de cimento, deve-se adicionar uma parte de ácido para cada dez partes de água. Para piso de pedra natural, a proporção é de 1 para 5, para ladrilhos de cerâmica é de 1 para 20. Deve-se colocar o ácido antes, e depois adicionar a água.

Deve-se usar luvas de borracha, protegendo bem os joelhos com joelheiras. Depois da limpeza feita, o piso deve ser muito bem lavado com detergente para que o ácido sej completamente removido.

Limpeza de Portas, Janelas e Assoalhos

Para retirar manchas de janelas e portas envernizadas ou enceradas, assim como assoalhos e parquetes de madeira, pode-se usar removedor comum, vendido em supermercados.

Limpeza de Esquadrias de Alumínio

As esquadrias ou caixilhos de alumínio podem vir com vaselina em suas superfícies, com intuito de evitar "queimaduras" ou manchas que o cimento pode provocar.

Para retirar a proteção de vaselina, utilize uma removedor e passe com uma estopa.

Limpeza de Esquadrias de Ferro

As portas e janelas de ferro, a sujeira com maior grau de dificuldade de limpeza podem ser retiradas com lâmina de aço e palha de aço. Mas tenha cuidado para não danificar a pintura se for o caso.

Limpeza de Paredes com Pintura

Paredes com alguma sujeira, que tenha tinta latex à base de água, podem ser limpas ou lavadas com detergente neutro ou sabão de coco, com auxílio de uma esponja de plástico.

Limpeza de Carpete

Manchas de tinta, esmalte ou pixe que possam ter caído em carpete já colocado durante a pintura, podem ser retiradas com acetona ou aguarrás.

Para retirada de lama ou barro, deve-se usar água morna com sabonete.

Manchas de cola devem ser removidas com uso de uma solução composta de uma colher de sopa de sabão em pó e outra de vinagre, ambas diluídas em um litro de água mornas. Em seguida, use um tira-manchas suave.

Para a limpeza do carpete, abrangendo os casos citados acima, deve-se usar um pano ou esponja (tipo de espuma), e depois, por ultimo, enxugar bem a superfície do mesmo com um pano limpo e seco.

OBRA CONCLUIDA