MUSEU DO AMANHA |
- MUSEU DO AMANHÃ COMPLETA 2 ANOS COM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
- 6 ESCRITÓRIOS FAMOSOS SÃO FINALISTAS EM CONCURSO DE PROJETO PARA ADELAIDE, AUSTRÁLIA
- PLANOS DIRETORES DE A a Z
Posted: 19 Dec 2017 03:34 AM PST
Com novas exposições, o espaço lançará um projeto de inteligência artificial nesta terça-feira, 19
Uma das âncoras do projeto de revitalização Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã completou dois anos no último dia 17 de dezembro. O local – o primeiro projeto do celebrado arquiteto espanhol Santiago Calatrava no Brasil – preparou uma agenda especial, com atividades no final de semana de seu aniversário, duas novas exposições e o lançamento de um projeto de inteligência artificial. O Museu, que venceu, em março deste ano, o Prêmio Internacional Mipim Awards na categoria "Construção verde mais inovadora", tem foco na ciência e na ligação entre passado, tendências do presente e possibilidades do futuro. A primeira das novas exposições, +Memórias traz uma retrospectiva fotográfica da agenda do Museu nos últimos dois anos. Acontece até 18 de fevereiro. Já Mundos Invisíveis – Mostra de Arte Científica Brasileira conta com o apoio do coletivo ArtBio e convida os visitantes a observar tecidos de pequenos animais ampliados em até mil vezes em dois microscópios, que ficam no espaço até 7 de janeiro. Programado para inaugurar no dia 19 de dezembro, o projeto IRIS+ é a primeira extensão da Exposição Principal e tem base na inteligência artificial. Construído com IBM Watson, o assistente cognitivo tem como objetivo aprofundar a experiência dos visitantes, respondendo perguntas e também formulando questões. "Após motivar uma reflexão ao longo da mostra sobre a atual época geológica em que vivemos, o Antropoceno, a intenção com a IRIS+ é encorajar o visitante a pensar sobre seu papel na sociedade e a agir para um amanhã mais consciente, tolerante e sustentável", o Museu explica. Confira, no vídeo abaixo, mais detalhes sobre o IRIS+: Matéria publicada por Casa Claudia em 18 de dezembro de 2017 |
Posted: 18 Dec 2017 09:07 AM PST
Equipes de seis escritórios foram selecionadas no Adelaide Contemporary International Design Competition, que busca criar um novo museu de arte contemporânea e um parque público de esculturas em um terreno importante perto da Universidade e do Jardim Botânico de Adelaide, na Austrália.
Selecionados de 107 equipes constituídas por mais de 500 escritórios individuais, as seis selecionadas foram escolhidas através da “excelente qualidade” de suas inscrições iniciais e das forças complementares de cada um dos membros da equipe.
“Esta é uma lista extraordinariamente rica de parcerias criativas diversas de arquitetos que procuram complementar seus talentos trabalhando com colegas e práticas talentosas menores. A decisão final foi muito exigente, mas estas são as equipes que nos convenceram pela excelente qualidade de suas propostas”, disse Nick Mitzevich, diretor da Galeria de Arte da Austrália do Sul.
As seis equipes selecionadas são:
As equipes agora passarão para a próxima etapa da competição, onde produzirão projetos conceituais para o local. Cada equipe visitará o terreno em janeiro e receberá um honorário de US$ 90.000 para os trabalhos envolvidos. As submissões serão reveladas ao público em abril, com um vencedor selecionado em maio.
“As seis equipes apresentaram uma forte conexão com Adelaide - e entendemos que nosso objetivo não é criar um ícone arquitetônico deslocado, mas um pedaço de Adelaide, uma entidade que será sustentável e polimática na forma como melhora o tecido cultural, social e arquitetônico da cidade”, acrescentou Mitzevich.
O concurso é organizado por Malcolm Reading Consultants. Saiba mais sobre o projeto no site oficial do concurso aqui.Matéria publicada por Arch Daily em 17 de dezembro de 2017 |
Posted: 18 Dec 2017 07:26 AM PST
O portal TheCityFix Brasil, parceiro do ArchDaily, tem dado destaque à importância dos Planos Diretores na vida das pessoas e na dinâmica das cidades. Longe de ser um assunto corriqueiro em conversas diárias, esse instrumento tão valioso exerce uma influência permanente nos possíveis usos e desenvolvimento dos municípios. Para descrever toda a relevância e dimensão dos Planos Diretores, apresentamos alguns termos comumente utilizados nesse contexto. Os conceitos abaixo foram extraídos de publicações do WRI Brasil, de legislações existentes, como o Estatuto da Cidade, e também de pesquisas que vão ao encontro do uso de termos replicados no TheCityFix Brasil e no ArchDaily. No entanto, são sínteses de conceitos que podem ser amplamente explorados e abertos a discussões. Essa espécie de glossário informal com 33 termos é o que chamamos de "Planos Diretores de A a Z". Adensamento – Refere-se ao crescimento concentrado de população, moradia ou emprego. Locais adensados são aqueles com altas densidades, que, se bem estudados, planejados e com uma boa infraestrutura, favorecem o desenvolvimento sustentável por aproximar serviços, empregos e o uso misto do solo. Acessibilidade − Possibilidade e condição de acesso e utilização, com segurança e autonomia, de espaços públicos, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e demais serviços e oportunidades por todas as pessoas, em especial aquelas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. Base de dados – Em um Plano Diretor, a base de dados é muito importante para a definição de estratégias. Dados sobre a população, transporte, comércio, entre outros indicadores, podem revelar tendências e aspectos importantes para o planejamento urbano. Centralidades − Lugar onde se concentram as atividades cotidianas e de convivência dos moradores do bairro. Em geral, são áreas com usos mistos, como comércio (mercados, lojas, lanchonetes, feiras), serviços privados (escritórios, consultórios, prestadores de serviços diversos) e serviços públicos (delegacia, posto de saúde), educação (escolas, cursos diversos), lazer (equipamentos culturais, parques, praças), além de locais de residência. Coeficiente/índice de aproveitamento (CA ou IA) − Define a quantidade de área (metros quadrados) que pode ser construída em um terreno, com base na área total do terreno. Por exemplo, um CA igual a 2 em um terreno de 100m² permite que 200 m² sejam construídos. DOTS − Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável. O DOTS é uma estratégia de planejamento urbano que busca integrar o uso e ocupação do solo e a infraestrutura de transporte coletivo. O DOTS promove áreas urbanas compactas e com densidades adequadas à realidade onde é inserido, nas áreas próximas a eixos ou estações de transporte de alta ou média capacidade. Essa integração permite oferecer às pessoas uma diversidade de usos, serviços, além de acesso a oportunidades de emprego, lazer, habitação e espaços públicos, todos a uma distância caminhável das conexões de mobilidade, favorecendo a interação social. Direito à cidade − Direito de todo o cidadão de usufruir de forma equitativa a estrutura e os espaços públicos da cidade, assim como ter acesso a serviços, empregos, educação e cultura. Eficiência energética – Infraestruturas e/ou edificações que apresentam melhor desempenho no uso de seus recursos, reduzindo o consumo energético necessário para seu funcionamento. Estatuto da Cidade – É a denominação oficial da Lei 10.257, de 10 de julho de 2001, e estabelece diretrizes gerais da política urbana além de outras providências. Tornou obrigatória a elaboração de Planos Diretores por cidades com mais de 20 mil habitantes e tem como principal objetivo garantir o direito à cidade como um dos direitos fundamentais das pessoas, para que todos tenham acesso às oportunidades que a vida urbana oferece. Estatuto da Metrópole − Estabelece diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução das funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas e em aglomerações urbanas instituídas pelos Estados, normas gerais sobre a obrigatoriedade de elaboração de um plano de desenvolvimento metropolitano integrado. Espraiamento urbano – Expansão horizontal do território de uma cidade que ocorre antes de atingir uma densidade demográfica ideal nas áreas já consolidadas. Função social da propriedade − De acordo com o Estatuto da Cidade, a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas. Função pública de interesse comum – A atividade ou o serviço cuja realização por parte de um município, isoladamente, seja inviável ou cause impacto nos outros municípios integrantes de uma região; responsabilidades compartilhadas pelos municípios de determinada região ou aglomerado urbano. Gentrificação – Processo de transformação urbana de um território, com um desenvolvimento e valorização imobiliária, que acaba por expulsar moradores originais de uma determinada região, incapazes de arcar com os custos elevados. Governança – Busca fortalecer as relações entre cidadãos, organizações da sociedade civil e os setores público e privado. A governança urbana abrange os mecanismos e processos pelos quais a sociedade apresenta seus interesses, necessidades e exerce seus direitos e deveres. Busca oferecer transparência, prestação de contas e melhorar a capacidade de resposta dos governos perante a sociedade. Habitação de interesse social – Habitações destinadas à população de baixa renda, através de financiamento e incentivos do poder público, visando reduzir o déficit habitacional e garantir o direito constitucional à moradia. Instrumentos urbanísticos − São formas de o poder público interferir no espaço construído, regulando o uso e a ocupação do território. O Estatuto da Cidade regulamentou uma série de instrumentos urbanísticos, como o direito de preempção, a concessão real de uso para fins de moradia e as Zonas Especiais de Interesse Social, entre outros. Loteamento − Subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. Mancha urbana − Área continuamente urbanizada que mantém uma interação socioeconômica direta, constante e intensa com a cidade, sem necessariamente sujeitar-se aos limites político-administrativos dos municípios. Corresponde ao tamanho e à forma de uma cidade ou centro populacional na superfície do território. Macrozoneamento − No livro "Estatuto da Cidade: guia para implementação pelos municípios e cidadãos", o macrozoneamento é definido como um referencial espacial para o uso e a ocupação do solo na cidade, em concordância com as estratégias de política urbana. "A partir da definição do perímetro urbano, o macrozoneamento define, ainda em grandes áreas de interesse de uso, as zonas onde se pretende incentivar, coibir ou qualificar a ocupação." Mobilidade urbana − Condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano. Ordenação territorial − Determina usos específicos e diferenciados do território conforme fatores como densidade, infraestrutura existente para serviços básicos e de transporte, entre outros. Participação social – A participação da sociedade civil é um passo fundamental na elaboração de planos para as cidades. A população deve receber oportunidades para acompanhar, contribuir e se envolver nas discussões com o poder público para garantir que os planos reflitam as necessidades do município e de seus habitantes. É importante que as políticas públicas sejam efetivas e que as demandas da sociedade sejam conciliadas com necessidades do interesse público para diminuir a ineficiência da administração pública. Recuperação da valorização imobiliária – O metro quadrado de um terreno tem seu valor definido por sua possibilidade de uso (rural x urbano, comercial x residencial x industrial x misto), por seu potencial construtivo (coeficiente de aproveitamento e altura) e por seu entorno (infraestrutura urbana existente e empreendimentos vizinhos). Sendo assim, o valor de um terreno é proveniente de ações alheias ao proprietário. As mudanças na regulação urbana e o investimento público em infraestrutura urbana geram valorização imobiliária e esta deve ser recuperada pelo poder público para reinvestir na cidade. Esse é o princípio dos instrumentos de recuperação da valorização imobiliária. Revisão dos Planos Diretores – Os Planos Diretores precisam passar por revisões a pelo menos cada dez anos. Esse processo é determinado pelo Estatuto da Cidade e pode ser feito pela própria prefeitura. A revisão é fundamental para acertar processos ineficientes e buscar atender novas demandas que podem surgir com o passar dos anos. Sistema viário − Conjunto de vias públicas que compõe a cidade, apresentando classificações e hierarquias como, por exemplo, rodovias, avenidas e ruas. Transporte ativo – Modos de transporte à propulsão humana – em geral, caminhada e bicicleta. Transporte de carga – Refere-se aos sistemas de transporte de bens e mercadorias. Transporte coletivo de alta capacidade − Refere-se aos sistemas de transporte coletivo administrados pelo governo local que transportam um alto número de usuários. Uso e ocupação do solo – Forma de aproveitamento do espaço geográfico para a construção de imóveis. Leva em conta o tamanho da construção e quais as atividades que serão realizadas nela (habitação, comércio, serviços, indústrias). Uso misto – Variedade e combinação de usos e atividades de uma zona urbana, bairro, edificação ou complexo arquitetônico, como serviços, comércio, residências, atividades culturais, educacionais, de saúde, de lazer. É importante para as áreas urbanas porque ativa o espaço público, fomenta a economia e a vida local e permite a seus habitantes e visitantes uma grande variedade de ações em um perímetro pequeno. Valor da terra − Varia conforme o uso que se faz dela e a eficiência da infraestrutura local. Está ligado ao mercado imobiliário. Zoneamento − Divisão da área urbana da cidade definindo as normativas urbanísticas a serem seguidas. Matéria publicada por Arch Daily em 18 de dezembro de 2017 |
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