Recebi a notícia com alegria. Durante os 12 anos em que eu exerci minhas atividades de engenheiro eu fui um militante ativo das associações de engenheiros e arquitetos, estando sempre envolvido com as tarefas de diretoria. Tanto na AEAVI (em Rio do Sul) quanto na AEAJS (em Jaraguá do Sul) tive o privilégio e a honra de ter sido eleito presidente. E isso foi, sem dúvida, uma experiência muito gratificante e enriquecedora...
Por isso a conversa com o meu amigo corria animada sobre os seus planos de trabalho, até ele me dizer que pretendia fazer um trabalho junto aos colegas com o objetivo de instituir uma Tabela de Honorários para os profissionais da região...
Reagi como se ele estivesse me contando os planos de um atentado terrorista: “Não! Por favor, afaste-se disso. Tabela de honorários, nem pensar!!!”
Ele ficou surpreso. Não contava com aquele “balde d’água fria”. E eu não estava sendo sutil ou indireto.
“Tabela de Honorários, nem pensar”, insisti.
Na verdade, se eu tivesse o poder de instituir “Os Dez Mandamentos das Associações de Engenharia e Arquitetura” o primeiro deles seria, com certeza: “Abolir, definitivamente, a discussão sobre tabela de honorários”
Esta é, sem dúvida, uma das discussões mais infrutíferas do nosso universo profissional. Não se pode, nos dias de hoje, determinar quanto cada um deve cobrar por seus serviços. Por uma razão muito simples: temos de reconhecer que os serviços não são iguais (nem sequer semelhantes).
Cada profissional trabalha à sua maneira e cada negócio envolve um conjunto muito grande de variáveis. A remuneração, no final das contas, não é medida apenas em dinheiro.
No final das contas, independente do que esteja escrito nas tabelas de honorários, cada um irá cobrar exatamente o que achar que pode. O importante mesmo é viabilizar o seu negócio.
Se a discussão de Tabela de Honorários fosse minimamente produtiva, toda a Engenharia e Arquitetura do Brasil estaria em um mar de rosas, pois eu não conheço NENHUMA entidade de classe no país que não tenha, em algum momento, enfrentado esse assunto.
Mas o grande problema da Tabela de Honorários dentro das Entidades de Engenharia e Arquitetura é que não existe nenhum outro tema que seja tão desagregador e que crie tantos desacordos, insatisfações e intrigas entre os profissionais.
É uma discussão em que se tenta igualar coisas que são profundamente diferentes. Cada qual define sua expectativa de rendimento em função da sua própria história, dos seus costumes e, principalmente, do seu padrão de vida.
Tenta-se estabelecer uma regra de mercado que atinge a todos em uma questão absolutamente vital e não existe absolutamente nenhum mecanismo de controle do cumprimento dessa regra.
Albert Einstein, no seu livro “Como Vejo o Mundo” diz entre outras pérolas, o seguinte: “Nada é mais prejudicial para o prestígio da Lei e do Estado do que promulgar leis sem ter os meios para fazê-la respeitar.” Me parece evidente a aplicação disso ao nosso caso.
As tabelas de honorários nada mais são do que “acordos” que são firmados por alguns para ser cumprido por todos. Porém, nem todos têm condições comerciais de cumprir (nem mesmo boa parte dos que participam da elaboração do acordo). E ninguém tem condições de fiscalizar e, muito menos, punir os eventuais infratores. Isso acaba por criar sentimentos de deslealdade e traição. E os colegas considerados desleais ou traidores nada mais estão fazendo do que lutar pela sobrevivência no mercado.
Valorização profissional não se obtém por decreto. Existem maneiras mais inteligentes de alcançar esse objetivo. Marketing Institucional é uma delas. Mas isso já é assunto para outro artigo Semana passada encontrei, no aeroporto, em São Paulo, um amigo que acabou de ser eleito presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos da sua cidade.
Recebi a notícia com alegria. Durante os 12 anos em que eu exerci minhas atividades de engenheiro eu fui um militante ativo das associações de engenheiros e arquitetos, estando sempre envolvido com as tarefas de diretoria. Tanto na AEAVI (em Rio do Sul) quanto na AEAJS (em Jaraguá do Sul) tive o privilégio e a honra de ter sido eleito presidente. E isso foi, sem dúvida, uma experiência muito gratificante e enriquecedora...
Por isso a conversa com o meu amigo corria animada sobre os seus planos de trabalho, até ele me dizer que pretendia fazer um trabalho junto aos colegas com o objetivo de instituir uma Tabela de Honorários para os profissionais da região...
Reagi como se ele estivesse me contando os planos de um atentado terrorista: “Não! Por favor, afaste-se disso. Tabela de honorários, nem pensar!!!”
Ele ficou surpreso. Não contava com aquele “balde d’água fria”. E eu não estava sendo sutil ou indireto.
“Tabela de Honorários, nem pensar”, insisti.
Na verdade, se eu tivesse o poder de instituir “Os Dez Mandamentos das Associações de Engenharia e Arquitetura” o primeiro deles seria, com certeza: “Abolir, definitivamente, a discussão sobre tabela de honorários”
Esta é, sem dúvida, uma das discussões mais infrutíferas do nosso universo profissional. Não se pode, nos dias de hoje, determinar quanto cada um deve cobrar por seus serviços. Por uma razão muito simples: temos de reconhecer que os serviços não são iguais (nem sequer semelhantes).
Cada profissional trabalha à sua maneira e cada negócio envolve um conjunto muito grande de variáveis. A remuneração, no final das contas, não é medida apenas em dinheiro.
No final das contas, independente do que esteja escrito nas tabelas de honorários, cada um irá cobrar exatamente o que achar que pode. O importante mesmo é viabilizar o seu negócio.
Se a discussão de Tabela de Honorários fosse minimamente produtiva, toda a Engenharia e Arquitetura do Brasil estaria em um mar de rosas, pois eu não conheço NENHUMA entidade de classe no país que não tenha, em algum momento, enfrentado esse assunto.
Mas o grande problema da Tabela de Honorários dentro das Entidades de Engenharia e Arquitetura é que não existe nenhum outro tema que seja tão desagregador e que crie tantos desacordos, insatisfações e intrigas entre os profissionais.
É uma discussão em que se tenta igualar coisas que são profundamente diferentes. Cada qual define sua expectativa de rendimento em função da sua própria história, dos seus costumes e, principalmente, do seu padrão de vida.
Tenta-se estabelecer uma regra de mercado que atinge a todos em uma questão absolutamente vital e não existe absolutamente nenhum mecanismo de controle do cumprimento dessa regra.
Albert Einstein, no seu livro “Como Vejo o Mundo” diz entre outras pérolas, o seguinte: “Nada é mais prejudicial para o prestígio da Lei e do Estado do que promulgar leis sem ter os meios para fazê-la respeitar.” Me parece evidente a aplicação disso ao nosso caso.
As tabelas de honorários nada mais são do que “acordos” que são firmados por alguns para ser cumprido por todos. Porém, nem todos têm condições comerciais de cumprir (nem mesmo boa parte dos que participam da elaboração do acordo). E ninguém tem condições de fiscalizar e, muito menos, punir os eventuais infratores. Isso acaba por criar sentimentos de deslealdade e traição. E os colegas considerados desleais ou traidores nada mais estão fazendo do que lutar pela sobrevivência no mercado.
Valorização profissional não se obtém por decreto. Existem maneiras mais inteligentes de alcançar esse objetivo. Marketing Institucional é uma delas. Mas isso já é assunto para outro artigo Semana passada encontrei, no aeroporto, em São Paulo, um amigo que acabou de ser eleito presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos da sua cidade.
Recebi a notícia com alegria. Durante os 12 anos em que eu exerci minhas atividades de engenheiro eu fui um militante ativo das associações de engenheiros e arquitetos, estando sempre envolvido com as tarefas de diretoria. Tanto na AEAVI (em Rio do Sul) quanto na AEAJS (em Jaraguá do Sul) tive o privilégio e a honra de ter sido eleito presidente. E isso foi, sem dúvida, uma experiência muito gratificante e enriquecedora...
Por isso a conversa com o meu amigo corria animada sobre os seus planos de trabalho, até ele me dizer que pretendia fazer um trabalho junto aos colegas com o objetivo de instituir uma Tabela de Honorários para os profissionais da região...
Reagi como se ele estivesse me contando os planos de um atentado terrorista: “Não! Por favor, afaste-se disso. Tabela de honorários, nem pensar!!!”
Ele ficou surpreso. Não contava com aquele “balde d’água fria”. E eu não estava sendo sutil ou indireto.
“Tabela de Honorários, nem pensar”, insisti.
Na verdade, se eu tivesse o poder de instituir “Os Dez Mandamentos das Associações de Engenharia e Arquitetura” o primeiro deles seria, com certeza: “Abolir, definitivamente, a discussão sobre tabela de honorários”
Esta é, sem dúvida, uma das discussões mais infrutíferas do nosso universo profissional. Não se pode, nos dias de hoje, determinar quanto cada um deve cobrar por seus serviços. Por uma razão muito simples: temos de reconhecer que os serviços não são iguais (nem sequer semelhantes).
Cada profissional trabalha à sua maneira e cada negócio envolve um conjunto muito grande de variáveis. A remuneração, no final das contas, não é medida apenas em dinheiro.
No final das contas, independente do que esteja escrito nas tabelas de honorários, cada um irá cobrar exatamente o que achar que pode. O importante mesmo é viabilizar o seu negócio.
Se a discussão de Tabela de Honorários fosse minimamente produtiva, toda a Engenharia e Arquitetura do Brasil estaria em um mar de rosas, pois eu não conheço NENHUMA entidade de classe no país que não tenha, em algum momento, enfrentado esse assunto.
Mas o grande problema da Tabela de Honorários dentro das Entidades de Engenharia e Arquitetura é que não existe nenhum outro tema que seja tão desagregador e que crie tantos desacordos, insatisfações e intrigas entre os profissionais.
É uma discussão em que se tenta igualar coisas que são profundamente diferentes. Cada qual define sua expectativa de rendimento em função da sua própria história, dos seus costumes e, principalmente, do seu padrão de vida.
Tenta-se estabelecer uma regra de mercado que atinge a todos em uma questão absolutamente vital e não existe absolutamente nenhum mecanismo de controle do cumprimento dessa regra.
Albert Einstein, no seu livro “Como Vejo o Mundo” diz entre outras pérolas, o seguinte: “Nada é mais prejudicial para o prestígio da Lei e do Estado do que promulgar leis sem ter os meios para fazê-la respeitar.” Me parece evidente a aplicação disso ao nosso caso.
As tabelas de honorários nada mais são do que “acordos” que são firmados por alguns para ser cumprido por todos. Porém, nem todos têm condições comerciais de cumprir (nem mesmo boa parte dos que participam da elaboração do acordo). E ninguém tem condições de fiscalizar e, muito menos, punir os eventuais infratores. Isso acaba por criar sentimentos de deslealdade e traição. E os colegas considerados desleais ou traidores nada mais estão fazendo do que lutar pela sobrevivência no mercado.
Valorização profissional não se obtém por decreto. Existem maneiras mais inteligentes de alcançar esse objetivo. Marketing Institucional é uma delas. Mas isso já é assunto para outro artigo
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