Tendências da construção civil para 2018
ORIGINAL DE BUILDIN<?XML:NAMESPACE PREFIX = "[default] http://www.w3.org/2000/svg" NS = "http://www.w3.org/2000/svg" />Facebook159TwitterE-mailMais...34
0
Com a virada do ano, bastante se fala de perspectivas. Na indústria da construção civil, isso não seria diferente. A chegada de 2018 traz consigo muitas expectativas para o setor. Certamente você quer saber quais são as tendências da construção civil para 2018, não é mesmo?
O ano de 2017 não terminou do melhor modo para o setor. Os números negativos deixaram os profissionais da construção ainda mais atentos ao que está por vir.
Mas, ainda assim, os indicadores confirmam que a confiança tem crescido no setor, o que aumenta a esperança no ano que se inicia.
Se 2017 terminou com números desfavoráveis, como o impacto da construção civil na queda de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e o fechamento de mais de 1 milhão de postos de trabalho no setor, fica o questionamento:
Quais são as tendências da construção civil para 2018?
A equipe do Buildin elaborou este conteúdo completo especialmente para ajudar você a responder à pergunta acima. Mais do que isso, para você se preparar para o que está por vir no mercado da construção ao longo do ano!Confira o que você vai saber com este especial sobre tendências da construção civil:
- Indicadores
- Carreiras que terão destaque no setor
- Inovação e tecnologias
- Tendências de mercado
- Novos materiais para a indústria da construção
- Projeções de construtoras para 2018
- Alguns dos principais eventos do ano
Perspectivas
As previsões para 2018 são otimistas na indústria da construção civil. Com a retomada do crescimento da economia no Brasil e o aumento da confiança no mercado, o setor deverá ter seu primeiro avanço desde 2013.De acordo com o Banco Central, a melhora pode ter alta de 2,5%.
Para o vice-presidente de economia do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo), Eduardo Zaidan, estas perspectivas não estão garantidas. “Precisamos avançar com a questão macroeconômica e resolver a questão fiscal. Temos que ter segurança para que os investimentos voltem”, pondera.
O engenheiro civil e colunista do Buildin, Marcos Monteiro, também concorda. Segundo ele, o avanço será em ritmo lento. Ainda assim, Monteiro está confiante, já que as expectativas melhoraram: “alguns projetos começaram a ser desengavetados, outros lançados, e obtiveram relativo sucesso”.
Indicadores
Mesmo com a lenta recuperação, o Índice de Confiança da Construção (ICST), da FGV/IBRE, registrou aumento. O crescimento foi de 2,0 pontos em dezembro de 2017, se comparado ao mês de novembro do mesmo ano, fechando com 81,1 pontos. Trata-se do maior nível desde janeiro de 2015.A perspectiva positiva em relação aos próximos seis meses ajudou a crescer o Índice de Expectativas (IE-CST) em 3,2 pontos a mais. A influência atingiu também o Índice da Situação Atual (ISA-CST), com melhora de 0,9 pontos. Os índices chegaram a 92,6 e 70,1, respectivamente.
A economista da FGV, Ana Maria Castelo, afirma que os aspectos principais para que a indústria da construção volte a crescer são: recuperação da economia e estabilidade política.
Ela diz que “o crescimento da economia deve melhorar o crédito para a indústria avançar e o contexto político será muito importante para essa retomada”, já que os efeitos da lava-jato abalaram a confiança nacional.
Dentre as causas do otimismo para 2018, estão:
- Queda nas taxas de juros, terminando 2017 com redução de 7,5%, menor nível em 60 anos
- Melhora do crédito, em consequência da diminuição dos juros
- Recuperação da economia e do mercado de trabalho, devido ao aumento da confiança
- Aquecimento do mercado imobiliário
Carreiras em destaque com o crescimento da construção civil em 2018
Mesmo com as perspectivas de tendências da construção civil favoráveis para 2018, alguns trabalhadores do setor poderão ficar desempregados.Segundo Ana Maria Castelo, haverá mais demissões do que contratações em 2018. A boa notícia é que o número de demissões deve recuar.
Nos primeiros meses de 2017, a cada 1.000 brasileiros que estavam procurando emprego, 136 não tinham encontrado uma vaga. Agora, esse número diminuiu para 120.
Confira as áreas da indústria da construção que terão mais vagas:
Tecnologia
Engenheiro projetista e técnico em edificação. O destaque vai para a automatização dos processos da construção e o desenvolvimento de novas ferramentas. Experiência em BIM (Building Information Modeling), em português, Modelagem de Informações da Construção, é essencial. O BIM é um software utilizado para elaborar modelos virtuais e deixar mais fácil a visualização de um projeto.
Sustentabilidade
Engenheiro Ambiental, de Sustentabilidade e campos afins. A preocupação com o meio ambiente e a reutilização de materiais tornou-se uma tendência em todo o mundo.
Habitação
Pedreiro, eletricistas, engenheiro civil. Aqui, entram diversos níveis de profissionais.
O aumento no número de construções do programa Minha Casa, Minha Vida, pode ser visto como um dos fatores para o crescimento na busca por trabalhadores desse meio.
Mobilidade
Técnico em segurança do trabalho, arquiteto e urbanista. Ter o cuidado de pensar em como os trabalhadores vão atuar no canteiro de obra, por exemplo, é o primeiro passo para prevenir acidentes. Profissionais dessa área têm sido cada vez mais requisitados, devido ao grande número de problemas em segurança no setor da construção civil.
Infraestrutura
Especialista em produção de estradas, aeroportos e portos. Com as obras nos aeroportos e portos nacionais, também será grande o número de vagas para profissionais experientes no ramo.
Inovação
Como alternativa para melhorar os processos que envolvem a indústria da construção e diminuir os custos, as novas tecnologias executam uma importante função no setor.A seguir, confira quais são as tendências da construção civil relacionadas a tecnologias e inovações:
Construtechs
Se você trabalha na indústria da construção e não conhece o termo construtech, está na hora de saber do que se trata!
Construtech é o modo como são chamadas as startups do setor. O objetivo delas é ser um negócio com base na tecnologia que procura resolver um problema da indústria da construção.
As construtechs vêm para gerar impacto na construção civil e ser um componente transformador no desenvolvimento do mercado.
Internet das Coisas (IoT – Internet of Things)
A expressão Internet das Coisas diz respeito ao desenvolvimento de produtos conectados à internet. Televisões, geladeiras, óculos e até fones de ouvido capazes de estimular o cérebro, fazendo com que o órgão trabalhe melhor.
Isso ajuda a amenizar as dificuldades de comunicação, por exemplo. Com o uso da Internet das Coisas, os engenheiros podem, inclusive, reunir informações detalhadas do que está acontecendo no canteiro de obras em tempo real e automatizar processos como pedidos de novos materiais e ferramentas.
Realidade virtual
A realidade virtual pode ajudar, e muito, os profissionais da construção civil. Isso porque essa tecnologia é capaz de realizar empreendimentos em modelos 3D. Assim, é possível prever futuros problemas e resolvê-los antes mesmo de iniciar o projeto.
Óculos de realidade virtual é um exemplo de tecnologia nessa área. Ele possibilita que se faça um “passeio” na obra.
Tecnologia BIM
Como já mencionada acima, a tecnologia BIM tem feito muito sucesso e veio para ficar! Esta é, sem dúvidas, uma das principais tendências da construção civil.
Afinal, métodos colaborativos como esse tendem a ter seu uso cada vez mais frequente no dia a dia.
Toda a equipe pode visualizar e atualizar o projeto construído em um modelo 3D, a fim de gerenciar as informações do que acontece antes do início da operação, durante e também depois de terminada.
No futuro, meios tradicionais, como o uso do papel para projetar a obra, devem desaparecer.
Estruturas modulares
Os estudiosos da área indicam que as estruturas modulares irão crescer em 2018.
Esse tipo de tecnologia não é novo, mas tem se tornado cada vez mais comum. O que tem se observado é que a construção fora do local, como também é conhecida a estrutura modular, otimiza o tempo e melhora a qualidade final da construção.
As estruturas modulares, além de mais baratas, são mais rápidas. Casas modulares oferecem opções personalizadas. Encanamentos, pisos de cerâmica e espécies de madeiras são alguns dos exemplos.
Tendências de mercado
Mulheres na construção civil
No entanto, no Brasil, a presença feminina na construção continua muito abaixo do número de homens. Mesmo assim, de acordo com as tendências da construção civil, a quantidade de mulheres deve crescer.
Para se ter uma ideia, entre 2007 e 2009, a contratação feminina na indústria da construção aumentou em 44,5%.
Serviços agregados (sucesso do cliente)
Ao fazer isso, perdem uma grande oportunidade de fidelizar esse cliente e fazê-lo indicar a empresa futuramente.
Agregar valor ao imóvel oferecido pode ser uma maneira de criar uma boa relação com o cliente. Prestar serviços que integrem valor ao cliente é uma das tendências da construção civil para 2018.
Pequenos agrados causam um forte impacto positivo. Dentre os exemplos está oferecer treinamento sobre alguma funcionalidade do imóvel ou dicas de reformas. São ações como essas que satisfazem o comprador.
E-learning (cursos EaD) na indústria da construção
De acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto da CBIC, 74% das empresas do setor sofrem com o problema de mão de obra pouco qualificada.
Os cursos de Educação a Distância (EaD) vêm para suprir a falta de preparo. Como o método de ensino é online, a possibilidade de haver mais procura por essas formações deve ser maior.
Além disso, os horários são flexíveis, o que ajuda os profissionais de construção civil a acompanharem as aulas.
Pequenos negócios em crescimento
Segundo dados da Sondagem Conjuntural dos Pequenos Negócios do Sebrae, quase 43% dos empresários acreditam na melhora da economia do país nos próximos 12 meses. Este é o maior percentual de avanço na economia já registrado pela pesquisa da instituição.
De acordo com outra pesquisa realizada pelo Sebrae, os pequenos negócios representam 27% do PIB nacional e garantem 52% dos empregos.
Construção enxuta (lean construction)
Por exemplo, a produção, o transporte de materiais e as ferramentas a serem compradas são processos que devem ser feitos no tempo exato em que se fazem necessários.
Em poucas palavras, baseia-se no corte de demandas que não agregam valor à construção e no amparo constante do trabalho na obra.
Embora não seja novidade, esta é uma das tendências da construção civil para 2018.
Novos materiais para a indústria da construção
Drones
Os drones funcionam como mini robôs voadores que se movem por meio de um controle remoto. Eles são muito úteis para fazer capturas de imagens e servem como ferramenta para chegar a terrenos de difícil acesso que precisam ser monitorados.
Com o barateamento dos equipamentos, a tendência é que passem a ser cada vez mais utilizados na construção civil.
Calçadas impressas em 3D
Os projetos são feitos de maneira digital e depois são materializados. E não se resume apenas a calçadas. A impressão 3D permite também fazer estruturas de imóveis.
Concretos permeáveis
Projeções para algumas das principais construtoras
Para entender melhor quais são as tendências da construção civil para 2018 é importante saber para onde estão indo as principais empresas do setor.Confira agora quais são as perspectivas para as grandes construtoras e incorporadoras brasileiras:
Para 2018, a Cyrela pretende entregar R$ 4,86 bilhões em imóveis. O valor equivale 15,8% a menos do que em 2017.
A empresa espera voltar a lucrar, mesmo com a diminuição do volume de lançamentos. A construtora estima lançar cerca de 80% do empreendimentos na capital paulistana.
A expectativa é de que o número de distratos se reduza com o tempo.
A construtora e incorporadora Even deve lançar Valor Geral de Vendas (VGV) maior que em 2017. No terceiro semestre do ano, a empresa chegou a lançar R$ 688 milhões.
Em 2018, o objetivo da Gafisa é promover novos lançamentos de imóveis.
Em 2017, a construtora reduziu o estoque de empreendimentos e foi o menor desde 2013.
A estimativa da empresa é de que o número de distratos sejam menores.
A Tecnisa deve seguir o mesmo ritmo que a Gafisa. A empresa não teve lançamentos em 2017 para focar em 2018. De acordo com a construtora, há chances de melhora no mercado à medida que ele se desenvolve.
A Tenda, por sua vez, pretende desembolsar 25% a mais com compra de novos terrenos em 2018.
A construtora operava em seis cidades diferentes e, em outubro de 2017, aumentou para sete com a inclusão do primeiro lançamento em Curitiba.
Atualmente, além da capital do Paraná, a empresa está em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Porto Alegre.
Eventos da indústria da construção em 2018
Construtech Conference – São Paulo – 22 de fevereiroExpo Revestir – São Paulo – 13 a 16 de março
ENEC – Rio de Janeiro – 3 a 6 de abril
Feicon Batimat – São Paulo – 10 a 13 de abril
ENIC – Florianópolis – 16 a 18 de maio
Fabricon – Blumenau – 24 a 27 de maio
ExpoConstruir – Fortaleza – 20 a 23 de junho
Construsul – Porto Alegre – 1º a 4 de agosto
Ficons – Olinda/Recife – 11 a 15 de setembro
Conclusão
Como pudemos ver, de modo geral as tendências da construção civil para 2018 são otimistas. Entretanto, é preciso cautela e planejamento para aproveitar a perspectiva de melhora que permeia o setor.Os últimos anos foram bastante duros para a construção civil. As boas tendências da construção civil vêm em boa hora e vão motivar os empresários a investir ainda mais.
Em 2018 vamos ter uma construção civil muito mais forte no Brasil!
Se quiser saber ainda mais sobre tendências e perspectivas para a construção civil brasileira não deixe de ler o artigo de Aldo Dórea Mattos sobre o tema!
Agora que você terminou a leitura deste post e já conhece as principais tendências para 2018, aproveite e baixe nosso e-book, o Guia Completo sobre a Engenharia Civil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário