Paredes e painéis: MÉTODO EXECUTIVO – EXECUÇÃO DE ALVENARIAS.
RESUMO DOS ITENS DE INSPEÇÃO: FASE DE MARCAÇÃO
1. Condições para o início da marcação
• Verificar se as indicações de colocação de ferros-cabelo e preenchimento de juntas verticais estão definidas;
FIGURA 1 - Esquema de ferro-cabelo (e = espessura do bloco menos 30 mm)
• Observar a transferência dos eixos da estrutura, com uma tolerância de ± 2 mm;
• Assegurar limpeza do andar (remoção de gastalhos, pregos da estrutura, aços de amarração dos pilares e vigas, poeira e materiais soltos);
• Checar a execução do chapisco com 72 horas de antecedência;
FIGURA 2 - Aplicação de chapisco rolado com rolo para textura acrílica
FIGURA 3 - Aplicação de chapisco com argamassa industrializada através de desempenadeira dentada
2. Limpeza e umedecimento da fiada de marcação.
3. Distribuição e assentamento dos blocos.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Aplicação da argamassa.Tradicional: onde o pedreiro espalha a argamassa com a colher e depois pressiona o tijolo ou bloco conferindo o alinhamento e o prumo (Figura 4.46):
Cordão: onde o pedreiro forma dois cordões de argamassa (Figura 4.47), melhorando o desempenho da parede em relação a penetração de água de chuva, ideal para paredes em alvenaria aparente.
Quando a alvenaria for utilizada aparente, pode-se frisar a junta de argamassa, que deve ser comprimida e nunca arrancada (Figura 4.48), conferindo mais resistência além de um efeito estético.
Os frisos a,b,c são os mais aconselháveis para painéis externos pois evita o acúmulo de água.
Preparo da argamassa para assentamento de alvenaria de vedação.
a) - Manualmente
b) - Com betoneira
sexta-feira, 15 de julho de 2011
ARGAMASSA - PREPARO E APLICAÇÃO
- unir solidamente os elementos de alvenaria
- distribuir uniformemente as cargas
- vedar as juntas impedindo a infiltração de água e a passagem de insetos, etc...
As argamassas devem ter boa trabalhabilidade. Difícil é aquilatar esta trabalhabilidade, pois são fatores subjetivos que a definem. Ela pode ser mais ou menos trabalhável, conforme o desejo de quem vai manuseá-la. Podemos considerar que ela é trabalhável quando distribui-se com facilidade ao ser assentada, não "agarra" a colher do pedreiro; não endurece rapidamente permanecendo plástica por tempo suficiente para os ajustes (nível e prumo) do elemento de alvenaria.
1 - Preparo da argamassa para assentamento de alvenaria de vedação
A argamassa de assentamento deve ser preparada com materiais selecionados, granulometria adequada e com um traço de acordo com o tipo de elemento de alvenaria adotado (Tabela 4.2). Podem ser preparadas:
a) - Manualmente
b) - Com betoneira
Tradicional: onde o pedreiro espalha a argamassa com a colher e depois pressiona o tijolo ou bloco conferindo o alinhamento e o prumo (Figura 4.46):
Cordão: onde o pedreiro forma dois cordões de argamassa (Figura 4.47), melhorando o desempenho da parede em relação a penetração de água de chuva, ideal para paredes em alvenaria aparente.
Os frisos a,b,c são os mais aconselháveis para painéis externos pois evita o acúmulo de água.
Tipos de fundações para os muros.
As sapatas corridas devem estar em nível e apoiadas em solo firme a uma profundidade mínima de 40cm, caso o terreno não comporte este tipo de alicerce podemos optar por brocas.
As brocas, geralmente de f 20cm efetuadas a trado. Como as cargas dos muros de divisa não são elevadas podemos faze-la com 2,0m de profundidade e a cada 2,5 ou 3,0m de distância uma das outras.
Devemos sempre deixar as valas do alicerce do muro em nível para evitarmos esforços na alvenaria, o que poderia ocasionar o aparecimento de fissuras.
No respaldo do alicerce do muro, devemos executar também, uma proteção impermeável, através de argamassa e impermeabilizantes, para evitar a presença de umidade na alvenaria de elevação do muro.
Deverá ser executado uma cinta de amarração no mínimo no meio e no respaldo da alvenaria, que tem a função de interligar os pilaretes com a alvenaria.
MUROS: Fechamento de divisas em bloco de concreto, Fechamento de divisas em tijolo maciço ou baiano
Para o bloco de concreto podemos executar de duas maneiras: à vista (Figura 4.40) ou
revestido (Figura 4.41). Se a escolha for à vista, devemos utilizar os próprios furos dos blocos para preencher com "grout", formando assim os pilaretes (Figura 4.40), tomando sempre o cuidado de deixar as juntas com o mesmo espaçamento, para podermos frisá-las.
Se a escolha for para o revestimento, poderemos também utilizar os furos do bloco como pilarete ou colocar formas e executar um pilarete, neste caso armado.
Para o tijolo furado e o maciço, devemos quase sempre revesti-los, portanto a cada 2,5 a 3,0m executa-se um pilarete de 10 x 25, com o auxílio de formas de madeira (Figura 4.42).
Obs. Qualquer que seja o elemento escolhido para a execução do muro a cada, no máximo, de 10,00 a 15,00m, devemos deixar uma junta de dilatação de 1,0cm. Esta junta deve ser executada para evitar que no muro apareça trincas devido ser o mesmo esbelto, estar parcialmente engastado no alicerce, e sofrer movimentação devido a variação térmica, ventos etc.
1 -Fechamento de divisas em bloco de concreto
a - À vista:
b - Revestido:
2 - Fechamento de divisas em tijolo maciço ou baiano
OUTROS TIPOS DE REFORÇOS EM PAREDES DE ALVENARIA.
Ao chegar com as paredes à altura da laje (respaldo das paredes), quando não temos uma verdadeira estrutura de concreto e os vão são pequenos, utilizamos uma nova cinta de amarração sob a laje e sobre todas as paredes que dela recebem carga.
As cintas de amarração no respaldo das paredes servem para apoio das lajes, nestes casos para lajes de pequenos vãos, no máximo entre 2,50 a 3,00m, (ver apoio de lajes em alvenaria nas anotações de aulas nº5).
As Figuras 4.37 e 4.38 exemplificam as cintas de amarração no respaldo das alvenarias cerâmicas para tijolo maciço e tijolo furado respectivamente.
Na alvenaria de bloco de concreto utilizamos blocos canaletas para a execução das cintas de amarração (Figura 4.39)
Obs. As cintas de amarração servem para distribuir as cargas e "amarrar" as paredes (internas com as externas). Se necessitarmos que as cintas suportem cargas, devemos então calcular vigas.
VÃOS EM PAREDES DE ALVENARIA.
esquadrias de madeira:
porta = acrescentar 10 cm na largura e 5cm na altura, devido aos batentes.
janela = acrescentar 10cm na largura e 10cm na altura.
esquadrias de ferro:
como o batente é a própria esquadria, os acréscimos serão de cm tanto na largura como na altura.
Sobre o vão das portas e sobre e sob os vãos das janelas devem ser construídas vergas.(Figura 4.30)
Quando trabalha sobre o vão, a sua função é evitar as cargas nas esquadrias e quando trabalha sob o vão, tem a finalidade de distribuir as cargas concentradas uniformemente pela alvenaria inferior:
As vergas podem ser pré-moldadas ou moldadas no local, e devem exceder ao vão no mínimo 30cm ou 1/5 do vão.
No caso de janelas sucessivas, executa-se uma só verga.
As Figuras 4.31; 4.32 exemplificam as vergas nas paredes de alvenaria executadas com ijolos maciços para:
Vãos até 1,0m
Vãos entre 1,0 e 2,0m
OBS: Caso o vão exceda a 2,00m, deve-se calcular uma viga armada.
As Figuras 4.33; 4.34 exemplificam as vergas nas paredes de alvenaria executadas com blocos de concreto para:
Vãos acima de 1,50 até 2,00m
A Figura 4.35 exemplifica as vergas nas paredes de alvenaria executadas com tijolos furados para:
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA: Parede de tijolos furados.
Sobre elas não devem ser aplicados nenhuma carga direta. No entanto, os tijolos baianos também são utilizados para a elevação das paredes, e o seu assentamento e feito em amarração, tanto para paredes de 1/2 tijolo como para 1 tijolo (Figura 4.27).
A amarração dos cantos e da parede interna com as externas, se faz através de pilares de concreto, pois não se consegue uma amarração perfeita devido às diferenças de dimensões (Figura 4.28).
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA: Paredes com bloco de concreto.
O processo de assentamento é semelhante ao já descrito para a alvenaria de tijolos maciços. As paredes iniciam-se pêlos cantos utilizando o escantilhão para o nível da fiada e o prumo.
A argamassa de assentamento dos blocos de concreto é mista composta por cimento cal e areia no traço 1:1/2:6.
Vantagens:
- peso menor
- menor tempo de assentamento e revestimento, economizando mão-de-obra.
- menor consumo de argamassa para assentamento.
- melhor acabamento e uniformidade.
Desvantagens:
- não permite cortes para dividi-los.
- geralmente, nas espaletas e arremates do vão, são necessários tijolos comuns.
- difícil para se trabalhar nas aberturas de rasgos para embutimento de canos e conduítes.
- nos dias de chuva aparecem nos painéis de alvenaria externa, os desenhos dos blocos. Isto ocorre devido à absorção da argamassa de assentamento ser diferente da dos blocos.
- Os blocos de concreto para execução de obras não estruturais têm o seu fundo tampado (Figura 4.25) para facilitar a colocação da argamassa de assentamento. Portanto, a elevação da alvenaria se dá assentando o bloco com os furos para baixo.
O assentamento é feito em amarração. Pode ser junta a prumo (somente quando for vedação em estrutura de concreto).
A amarração dos cantos e de parede interna com externa se faz utilizando barras de aço a cada três fiadas ou utilizando um pilarete de concreto no encontro das alvenarias (Figura 4.26):
Paredes de tijolos maciços: Empilhamento de tijolos maciços.
Paredes de tijolos maciços: Formação dos cantos de paredes.
Paredes de tijolos maciços: Amarração dos tijolos maciços.
a - Ajuste comum ou corrente, é o sistema mais utilizado (Figura 4.14)
ELEVAÇÃO DA ALVENARIA: Paredes de tijolos maciços.
Os cantos são levantados primeiro porque, desta forma, o restante da parede será erguida sem preocupações de prumo e horizontalidade, pois estica-se uma linha entre os dois cantos já levantados, fiada por fiada.
A argamassa de assentamento utilizada é de cimento, cal e areia no traço 1:2:8.
Figura 4.9 - Detalhe do nivelamento da elevação da alvenaria
Podemos ver nos desenhos (Figura 4.11; 4.12; 4.13) a maneira mais prática de executarmos a elevação da alvenaria, verificando o nível e o prumo.
1º – Colocada a linha, a argamassa e disposta sobre a fiada anterior, conforme a Figura 4.11.
2º - Sobre a argamassa o tijolo e assentado com a face rente à linha, batendo e acertando com a colher conforme Figura 4.12.
3º - A sobra de argamassa é retirada com a colher, conforme Figura 4.13.
Mesmo sendo os tijolos da mesma olaria, nota-se certa diferença de medidas, por este motivo, somente uma das faces da parede pode ser aparelhada, sendo a mesma à externa por motivos estéticos e mesmo porque os andaimes são montados por este lado fazendo com que o pedreiro trabalhe aparelhando esta face.
Quando as paredes atingirem a altura de 1,5m aproximadamente, deve-se providenciar o primeiro plano de andaimes, o segundo plano será na altura da laje, se for sobrado, e o terceiro 1,5m acima da laje e assim sucessivamente.
Os andaimes são executados com tábuas de 1"x12" (2,5x30cm) utilizando os mesmos pontaletes de marcação da obra ou com andaimes metálicos.
No caso de andaimes utilizando pontaletes de madeira as tábuas devem ser pregadas para maior segurança do usuários.
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