O Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), de 2014, foi publicado no início desse ano, com um atraso de cinco meses, e indica uma redução de 3% nos acidentes de trabalho registrados no país para aquele ano. No entanto, há quem diga que esses números não correspondem com a realidade da segurança e saúde do trabalho no país. Primeiro, pela baixa cultura de SST adotada em todo território nacional. De fato, muitos setores do mercado, especialmente a construção civil, ainda tratam o tema com bastante informalidade. Segundo, porque ainda é alto o número de empresas que não registram e emitem o CAT. E terceiro em função da crise econômica que assola a nação: cada vez mais tem diminuído o número de trabalhadores em todas as empresas dos mais diversos portes e setor e, consequentemente, há também a diminuição de acidentes. Nós entendemos, conforme já tratado aqui, que a gestão em segurança e saúde do trabalho oferece à corporação retorno inestimável. Antes de mais nada, esse tipo de serviço atua na prevenção de acidentes de trabalho, o que não só gera o bem-estar coletivo, como também evita que a empresa seja acionada em ações trabalhistas, pagamentos de indenizações, multas, etc., o que, com o eSocial (mais aqui), deve ser intensificado. Além disso, estudos já comprovaram que a cada US$1 investido nesse tipo de ação de prevenção, é gerado para a empresa US$4 em aumento de produtividade. E, por fim, a implementação de medidas que visam a saúde e segurança do trabalhador não só possuem caráter preventivo, mas também obrigatório, conforme determinações das normas ligadas ao tema. Portanto, a única forma de realmente haver a diminuição efetiva de acidentes de trabalho, é o investimento em gestão de SST eficaz e que visa resultados. |
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