Construção Civil demite mais de 600 trabalhadores no Alto Tietê

Segundo SindusCon-SP, foram 685 demissões em oito meses.
Segundo diretor regional, até dezembro, demissões vão aumentar.

Construção Civil fechou 685 vagas de emprego em Mogi das Cruzes e Suzano (Foto: Bruno Corrá)

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) informou nesta quarta-feira (7) que de janeiro a agosto deste ano, as cidades de Mogi das Cruzes e Suzano demitiram 685 trabalhadores. Só em agosto, foram registradas 127 demissões.

O diretor regional de Mogi das Cruzes do SindusCon-SP, Mauro Rossi, garante que até dezembro esse número ainda vai aumentar. “Não temos projeção do que vai acontecer no curto ou longo prazo, mas os economistas projetam uma queda ainda maior no nível de emprego. O Produto Interno Bruto (PIB) que já é muito ruim vai cair mais ainda”, acrescenta.

A sucessão de demissões pode agravar ainda mais a crise econômica. Segundo Rossi, o desemprego implica em um menor poder aquisitivo da população que só consome o básico. “As pessoas só estão comprando os produtos básicos, pois estão com medo de assumir dívidas e não conseguir honrar com o seu compromisso. A saída para todos os setores é tentar melhorar a produtividade, fazer mais com menos. Cada um vai ter que repensar o seu negócio para sobreviver”, completou.
Desemprego
O Alto Tietê fechou mais um mês com saldo negativo na geração de emprego. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em agosto entre admissões e demissões, a região acabou perdendo 1.377 postos de trabalho.  Dos oito setores analisados no estudo de Evolução do Emprego, seis terminaram o mês com postos de trabalho a menos. A pior situação é a da indústria que fechou agosto com 805 demissões. O setor de serviços também foi afetado na região com 598 demissões.

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